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Polícia acusada de massacre em prisão na Venezuela

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Cristian Hernandez / EPA

As forças governamentais entraram para tentar recuperar o controlo da cadeia

Pelo menos 37 pessoas morreram esta quarta-feira durante um motim numa prisão do Estado das Amazonas, no sul da Venezuela, anunciaram as autoridades.

O procurador-geral revelou que já designou dois procuradores para liderarem “o inquérito sobre a morte de 37 pessoas durante um motim no centro de detenção judiciário das Amazonas”. Segundo o procurador-geral, 14 funcionários da cadeia ficaram feridos durante o violento motim.

Entretanto, o governador do Estado das Amazosas, Liborio Guarulla, escreveu na rede social Twitter que houve um “massacre” de “mais de 35 pessoas” durante a visita de uma unidade especial do Ministério da Interior e Justiça no centro de detenção, localizada na cidade de Puerto Ayacucho.

A morgue está completamente sobrelotada“, revelou mais tarde Guarulla, citado pela agência Reuters. Segundo o governador, o raid das forças policiais, pertencentes à “Unidade Especial do Ministério do Interior”, começou por volta da meia noite, horário local.

“As forças do governo entraram para tentar recuperar o controlo da cadeia. Os prisioneiros resistiram”, contou um membro do conselho da cidade, José Mejias, que ouviu tiros “durante toda a noite”.

Em declarações ao jornal espanhol El Mundo, o director da organização não-governamental Una Ventana a la Libertad, Carlos Nieto, diz que este é o primeiro incidente do género num centro de detenção preventiva, onde os suspeitos não ficam mais de 48 horas.

Segundo duas organizações defensoras dos direitos humanos, foram mortos 37 dos 105 reclusos que se encontravam detidos na cadeia. Ainda segundo refere a agência Reuters, até agora o Ministério da Informação da Venezuela ainda não fez qualquer comentário aos acontecimentos em Puerto Ayacucho.

ZAP // Lusa

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