Astrónomos descobrem planeta parecido com a Terra com um “hemisfério de lava”

(dr) Alyssa Jankowski

HD 63433d fica perto da sua estrela-mãe, HD 63433, enquanto os dois planetas vizinhos, HD 63433b e HD 63433c, orbitam mais longe

Com a ajuda do Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), da NASA, uma equipa de astrónomos avistou um planeta do tamanho da Terra a orbitar uma estrela muito semelhante ao Sol.

O planeta recém-descoberto – HD 63433 d – orbita em torno da estrela HD 63433 (TOI 1726) no sistema planetário HD 63433.

Este exoplaneta, ou planeta fora do Sistema Solar, está bloqueado pelas marés, o que significa que há um lado que está constantemente na escuridão e outro – o lado diurno – que está sempre voltado para a sua estrela, podendo atingir 1260 °C e ser coberta de lava.

Estas temperaturas escaldantes são comparáveis ​​a mundos como CoRoT-7 b e Kepler-10 b, pelo que a equipa responsável pela descoberta admite que o lado diurno do planeta possa ser um “hemisfério de lava”.

Segundo o comunicado da NASA, o corpo agora avistado é o menor exoplaneta confirmado com menos de 500 milhões de anos e o planeta do tamanho da Terra descoberto mais próximo e jovem, com cerca de 400 milhões de anos.

A estrela neste sistema é uma estrela do tipo G, do mesmo tipo do nosso Sol. No entanto, HD 63433 d orbita muito mais perto da sua estrela do que nós, com um “ano” de apenas 4,2 dias terrestres.

O pequeno tamanho do planeta, a sua tenra idade e a proximidade à sua estrela tornam-no um candidato muito interessante para futuras explorações. No futuro, os estudos poderão confirmar os resultados desta investigação e revelar mais informações sobre o “lado negro” do planeta, assim como o consequente estado da sua (possível) atmosfera.

Outro facto emocionante é o facto de o planeta ser visível tanto do hemisfério Sul como do Norte – isto significa que os cientistas podem usar um maior número de telescópios para o investigar.

Isto é o nosso quintal solar, é entusiasmante. Que tipo de informações uma estrela tão próxima, com um sistema tão lotado ao redor, pode revelar? Como isso nos ajudará a procurar planetas entre as talvez 100 outras estrelas semelhantes neste jovem grupo do qual faz parte?”, referiu a investigadora Melinda Soares-Furtado.

O artigo científico foi recentemente publicado no Astronomical Journal.

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