Plácido Domingo demitiu-se, esta quarta-feira, das suas funções de diretor da Ópera de Los Angeles, nos Estados Unidos.
Esta quarta-feira, Plácido Domingo anunciou a sua demissão da Ópera de Los Angeles e encerrou definitivamente os vínculos que tinha com as óperas norte-americanas. A decisão surge na sequência das denúncias feitas por 20 mulheres, que o acusaram de assédio sexual.
O tenor lírico espanhol tinha vínculos com a Ópera de Los Angeles desde a sua criação, há três décadas, e era diretor-geral da instituição desde 2003. As primeiras denúncias de assédio sexual surgiram em agosto, quando nove mulheres relataram à Associated Press episódios que ocorreram entre 1980 e 2002. A estas juntaram-se mais 11 e, atualmente, são já 20 as mulheres que fazem as mesmas acusações.
Os responsáveis pela Ópera de Los Angeles entrevistaram, recentemente, todos os trabalhadores no âmbito de uma investigação a episódios de assédio praticados por Plácido Domingo, que também está a ser investigado pela sindicato norte-americano de músicos.
Quatro promotoras norte-americanas cancelaram as apresentações do tenor, pelo que este era o último vínculo com óperas dos Estados Unidos. Entre elas, segundo o Observador, estão a Ópera Metropolitana de Nova Iorque, a Orquestra de Filadélfia, a Ópera de São Francisco e a Ópera de Dallas.
“Enquanto continuo o meu trabalho para limpar o meu nome, decidi que é do melhor interesse da Ópera de Los Angeles que me demita como diretor-geral e que deixe as minhas atuações futuras”, afirmou o tenor num comunicado emitido pelo seu representante. Plácido Domingo, de 78 anos, explica que “as acusações recentes nos media criaram uma atmosfera” que o “impede de ser útil” a esta entidade.
A Ópera de Los Angeles anunciou, em agosto, a abertura de uma investigação na sequência de denúncias, de oito cantoras e de uma bailarina, de assédio sexual por parte do tenor espanhol, em situações ocorridas ao longo de mais de três décadas. Na ocasião, anunciou que iria contratar uma equipa legal externa para investigar estas “preocupantes alegações”.
No comunicado, Plácido Domingo afirma ter a Ópera de Los Angeles “profundamente” no seu coração, referindo o seu percurso e trabalho nesta instituição como um dos “legados mais importantes”.
O tenor refere que a decisão de se demitir foi tomada de coração triste, e manifestou o desejo de que a Ópera continue a crescer e a brilhar.
Após conhecer a decisão de Domingo, a Ópera agradeceu o contributo “sem precedentes e profundo” para a vida cultural de Los Angeles.
ZAP // Lusa
Estas mulheres foram “abusadas” ao lingo de anos e em silêncio???? Coitadinhas, devem ter muito medo do PD… ou então, querem ver se ganham algum ou muito dinheiro à custa dele. Que vergonha… Ou reclamavam logo ou calam-se para sempre… assim é que não é sequer credível. Enfim, é moda dar cabo do nome de grandes artistas…