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PJ não encontra provas dos tiros que PSP alega ter trocado com assaltantes

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A PSP alega ter trocado vários tiros com os assaltantes que estão na base da morte, por engano, de uma mulher de 36 anos, atingida no pescoço por uma bala de um agente, mas a PJ ainda não encontrou vestígios que o confirmem.

A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar as circunstâncias da morte de uma mulher de 36 anos, abatida por engano, por agentes da PSP que perseguiam assaltantes de um multibanco em Almada, no distrito de Setúbal.

Mas, até ao momento, a PJ não conseguiu ainda recolher indícios que confirmem a versão da PSP de que houve uma troca de tiros com os assaltantes, antes da trágica morte da mulher de nacionalidade brasileira, avança o Público.

O carro onde seguia a vítima, como passageira, foi encontrado com cerca de 20 marcas de balas. Mas dos alegados tiros trocados pela PSP e pelos assaltantes, minutos antes de a mulher ter sido abatida acidentalmente, não há sinal, nota o jornal.

O Comando Metropolitano de Lisboa anunciou essa troca de tiros entre PSP e assaltantes, mencionando “diversos disparos com arma de fogo”. Mas, “até ao momento, a PJ não conseguiu recuperar qualquer vestígio que comprove este tiroteio”.

A investigação deverá, agora, basear-se nas comunicações operacionais da PSP e nas perícias a efectuar às armas apreendidas aos agentes envolvidos para tentar reconstituir aquilo que aconteceu.

Polícias continuam em funções com apoio psicológico

Seis polícias foram constituídos arguidos, indiciados por homicídio por negligência, depois da morte de Ivanice Carvalho da Costa, cidadã brasileira que viajava com o companheiro, também brasileiro, deslocando-se para o local de trabalho, num restaurante no Aeroporto de Lisboa.

Os agentes terão confundido o Renault Mégane onde Ivanice e o companheiro seguiam com o Seat Leon dos assaltantes. E uma vez que o carro não parou, quando recebeu ordens nesse sentido, por parte dos agentes, estes dispararam, atingindo mortalmente a mulher no pescoço.

O companheiro de Ivanice não teria carta de condução e terá chegado a atropelar um agente da PSP. Foi constituído arguido por condução perigosa, sem carta e desobediência à polícia.

Os seis agentes sob investigação estão sujeitos a Termo de Identidade e Residência, mas vão continuar em funções, conforme avança o Diário de Notícias . “Não vejo motivos para serem suspensos”, constata ao jornal a advogada de vários dos agentes, Paula Belo, considerando que “agiram legitimados pelo perigo da situação”.

A advogada revela, ainda, que os agentes estão a receber apoio psicológico.

Comentando o caso, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, fala de uma “circunstância infeliz”, notando que o importante é que “tudo será apurado” pelas autoridades competentes.

Família da vítima quer que Estado português pague transladação

Entretanto, a família da mulher baleada vai avançar com um pedido judicial para que o Estado português pague a transladação do corpo para o Brasil, alegando que não tem dinheiro para o fazer. Um dado confirmado ao site G1, da rede Globo, pela tia da vítima, Célia Maria da Silva, de 42 anos, também imigrante em Portugal.

“Ela foi morta pela polícia. O Estado vai ser culpabilizado a partir do momento em que a Polícia Judiciária fizer a perícia da bala que a atingiu”, salienta Célia Silva.

“Foi uma monstruosidade o que fizeram. Não estavam autorizados a agir daquela maneira”, diz, ainda, a cidadã brasileira.

Célia Silva revela também que a polícia não a informou da identidade do homem que seguia no carro com Ivanice. “Os jornais estão falando que o condutor é brasileiro. Mas se for a pessoa que eu penso que seja, que era o suposto companheiro dela, ele é português“, frisa a tia da vítima.

ZAP //

22 Comments

  1. A brausucada vem para qui e para outros paises europeus tentar extorquir dinheiro aos europeus, com vigarices e prostituicao.

    Ainda se vai descobrir que a mulher e o companheiro vinham a fugir de uma rija entre gangs de trafico de droga…

    • Ainda que assim não fosse, e è independente de serem brasucas, tugas ou de qualquer outra nacionalidade…

      Se a polícia não tivesse feito nada, estaríamos aqui a comentar que são uma cambada de bananas.

      Havia uma perseguição em curso, e diso parece que não há dúvidas.
      Houve um tiroteio e alguém que não respeitou as ordens (não pararam ao serem intimados para tal) foi apanhado no meio… levaram chumbo. Quem não deve não teme. Temos pena.

      Temos que decidir se queremos uma polícia forte que nos dê segurança, ou cachorrinhos para pedirem festas aos passantes… e deixarmo-nos de querer polícia forte e dar-lhes ‘cacetada’ quando o são.

      • Muito bem falado!

        O país tem de decidir de vez, se quer uma polícia forte e independente, ou a charanga do politicamente correcto!

        Se a PJ e também PSP e GNR tivessem mais poderes… haveria uma reposição do devido respeito e civilidade… e talvez até políticos se começassem a sentir menos impunes para gozar e roubar quem lhes paga os salários!

    • Você só pode mesmo ser um atrasado menta, com as suas acusações sem qualquer fundamento. Você deveria ser acusado por acusações falsas, insulto e atentado à dignidade das pessoas!!!…

  2. até parece que a policia brasileira brinca em serviço, atiram primeiro e perguntam depois.
    morreu uma pessoa, no meio da confusão, mas indiretamente deveria de saber que o companheiro não tinha carta. muitos dos brasileiros, que cá andam andam sem carta, a carta do brasil não dá cá, e bebem até mais não, está no sangue e na tradição brasileira.

  3. E os assaltantes do Multibanco?!
    Já os encontraram?
    É que, pelo teor desta noticia, parece que estão mais preocupados (os “jornalistas” ou a PJ) com os tiros da policia do que com o assalto!…

  4. A policia revela cada vez mais impreparação, com intervenções ao nível do amadorismo primário, incompetência. Ter uma policia forte, que intervenha na protecção dos cidadãos não é andar aos tiros e matar inocentes. E para rematar falsificam provas para organizar e encobrir as suas incompetências.
    Revela-se necessária e urgente uma restruturação de toda a cadeia de comando da PSP, reformular a formação dos oficiais de policia, como uma mais adequado treino dos agentes, que hoje se comportam como bandos de narcotraficantes provenientes do México.

    • E diz isso com base em quê?!
      Eu, do que vejo no dia-a-dia, penso exactamente o contrário!
      Os agentes comportam-se “como bandos de narcotraficantes provenientes do México”?!
      Das duas, uma: ou não faz ideia do que é um narcotraficante mexicano, ou vive num sitio muito estranho!…
      Aliás, há uma terceira hipótese – o defeito poderá estar em si!!

      • Na base de factos ocorridos nos últimos anos, com erros, abusos, corrupção, encobrimentos, estando as forças em total descontrolo, actuando ao nível de gangues natcotraficantes. Só porque a cadeia de comando é incompetente e inepta.

      • Estou a ver que vive numa favela onde tipicamente a policia é má e os bandidos é que são bons!!
        Felizmente em Portugal essas situações são raras e portanto, são a excepção e não a regra!

      • Ó E U, pelos seus comentários habituais vc deve ter os olhos em bico mas verticais… rsss; vêja lá se um dia não confundem o seu carro e leva um tiro na mona “por engano”…

      • Não te preocupes comigo!…
        Deve ser praticamente impossível isso acontecer-me – primeiro porque não vivo no meio da escumalha e depois, como sou civilizado, costumo obedecer às ordens das forças de segurança e não tenho o habito de conduzir durante a noite com as luzes apagadas!…
        Realmente eu vejo um pouco mal, e, fico mesmo com os olhos em bico quando vejo bandidos (ou os defensores de bandidos) a fazerem-se de anjinhos!!

  5. Talvez seja conveniente um dar um curso de marcas de carros á polícia
    Quando eles recebem pela rádio— Assaltantes em fuga num SEAT!!!
    Eles disparam num Renault.
    Muito provavelmente vão ser promovidos

    • Quanto á formação, estou de acordo. E não é só relativamente ás marcas de carro… Mas nesta situação acho que está a ser injusto. Imagine que é polícia: imagine que o comando diz-lhe que há um veículo ligeiro preto a circular e que deve ser interceptado. Imagine que lhe dizem que os ocupantes são perigosos e estão armados. Imagine a capacidade de visão de um ser humano á noite. Imagine encontrar um veículo correspondente á descrição que lhe deram. Imagine que o condutor (ou condutora – não dá para ver á noite o género) não obedece á ordem de paragem? E tenta atropelar os seus colegas? Imaginou? Então tente.
      Nota: Mesmo que tenha sido dito a marca (e o ano) acha que á noite é assim tão fácil discernir um de outro?… em fracções de segundo? Não quero defender a péssima actuação em geral das nossas autoridades, ams acho que, neste caso, há muitas atenuantes. Mesmo que haja algumas “mentirinhas” no meio.

    • Ou se calhar disparam no carro que não obedeceu à ordem de paragem e os tentou atropelar!..
      Não terá sido?!
      Pois… talvez seja melhor tirar um curso para raciocinar antes de comentar!…

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