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Pistorius não tinha quaisquer problemas mentais quando matou namorada

Jim Thurston / Flickr

Oscar Pistorius

Oscar Pistorius

O atleta sul-africano Oscar Pistorius “não sofria de qualquer problema ou doença mental” na altura em que matou a sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, concluíram os psiquiatras que durante um mês examinaram o estado mental do desportista.

As conclusões da avaliação foram reveladas esta segunda-feira pelo procurador Gerrie Nel no recomeço do julgamento do atleta, a decorrer desde 3 de março.

O relatório indica que Pistorius, de 27 anos, era capaz de distinguir o bem do mal no momento do crime, ocorrido a 14 de fevereiro de 2013. O atleta confessa ter matado a tiro a namorada na sua casa em Pretoria, acreditando tratar-se de um assaltante que teria entrado em sua casa e se escondera.

A avaliação psiquiátrica para estabelecer se o campeão paralímpico sofria mesmo de uma perturbação de ansiedade, como afirma a defesa, tinha sido pedida a 14 de maio pela juíza sul-africana que está a julgar Oscar Pistorius pela morte da namorada.

O relatório psiquiátrico citado pela defesa “não pode substituir uma avaliação apropriada”, explicou na altura a juíza Thokozile Masipa, acedendo ao pedido da acusação de realizar uma contra-avaliação psiquiátrica independente.

A psiquiatra Meryll Vorster, citada pela defesa de Pistorius, afirmava que o atleta sofria de uma perturbação ansiosa generalizada que se caracteriza por um estado de inquietação permanente e excessivo.

O procurador Gerrie Nel tinha contestado a conclusão da especialista e acusou a defesa de usar o argumento psiquiátrico para obter uma pena mais leve ou para requalificar o crime.

Segundo a acusação, o casal teve uma discussão, que terá sido ouvida por vários vizinhos chamados a depor, e o atleta abriu fogo sabendo quer era a namorada que estava do outro lado da porta da casa de banho.

/Lusa

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