Os piratas informáticos que se introduziram numa base de dados de funcionários norte-americanos roubaram informações de perto de 21,5 milhões de pessoas, incluindo de mulheres e filhos desses trabalhadores, anunciou hoje o Governo.
Entre as pessoas afetadas pelos “hackers” estão 19,7 milhões de funcionários que tiveram de ser alvo de uma verificação dos seus antecedentes, nomeadamente judiciais, por parte do Governo.
Todas as pessoas foram submetidas a uma verificação dos seus antecedentes a partir do ano 2000 e “muito provavelmente” foram afetados por esta pirataria, sublinha um comunicado do departamento de pessoal dos EUA.
A agência do Governo acrescenta, no entanto, não dispor de qualquer informação, até ao momento, que sugira que essas informações tenham sido divulgadas ou utilizadas para fins fraudulentos.
O Governo norte-americano precisa que se trata de um incidente relacionado com o que ocorreu no início de junho e que afetou os dados de quatro milhões de funcionários federais.
Na altura, vários meios de comunicação social norte-americanos apontaram o dedo à China, mas o Governo dos EUA recusou categoricamente, até agora, comentar essa questão. Já Pequim considerou tratarem-se de acusações “irresponsáveis e sem fundamento”.
A pirataria informática deteriorou durante muito tempo as relações diplomáticas entre Washington e Pequim.
No final de junho, durante uma reunião em Washington com altos funcionários chineses, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse estar “profundamente preocupado com questões de segurança cibernética”, mencionando, sobretudo, os danos causados “às empresas norte-americanas”.
/Lusa