“Uau, puxei a alavanca errada” disse o piloto antes de bater na ponte e cair ao rio

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O piloto do avião da TransAsia que se despenhou em fevereiro num rio em Taiwan desligou o único motor que funcionava, depois de o outro ter falhado, segundo um relatório oficial divulgado esta quinta-feira.

O avião ATR72-600 da TransAsia despenhou-se no rio Keelung pouco depois de descolar do aeroporto Songshan, em Taipé, em fevereiro, com 58 pessoas a bordo, das quais 15 sobreviveram e 43 morreram, incluindo o piloto e o co-piloto.

De acordo com o relatório do Conselho de Segurança da Aviação Civil de Taiwan, que cita as gravações do cockpit, o piloto Liao Jian-zong disse “Uau, puxei a alavanca errada” depois de ter desligado o único motor que estava a funcionar, num momento em que o avião estava a 94 metros de altura e a uma velocidade de 193 km/h.

A ação fez com que o único dos motores que funcionava falhasse, depois de o outro ter já perdido potência, segundo os resultados preliminares do inquérito. Enquanto ainda estava no ar, o avião inclinou-se para o lado esquerdo e perdeu altitude sobre uma ponte, numa imagem que correu o mundo. Três minutos depois, o avião caiu na água.

missxoxo168 / Twitter / BBC

Avião “tropeça” numa ponte e cai no rio Keelung em Taipei, Taiwan

Contudo, o relatório sublinha que este pode não ser o motivo que levou à queda do avião e não apresentam conclusões finais sobre a causa do acidente, embora seja “inacreditável e infeliz” que três pilotos não tenham conseguido travar o sucedido, disse à agência Reuters um fonte da investigação, referindo-se ao facto de haver também um observador a acompanhar o desempenho do co-piloto, que se encontrava em treino.

O relatório preliminar deve ser publicado em novembro e o final é esperado em abril de 2016.

ZAP

4 Comments

  1. Na verdade, acontece sim. Este é um dos maiores riscos de voar um bimotor, é desligar o motor errado quando estamos a tentar desligar um motor com problemas. É um risco tão real que se aconselha que se confirme 2 e 3 vezes que temos a certeza de qual o motor que está a falhar. Porque, no calor do momento (e não há pior momento para um motor falhar do que à descolagem, junto ao chão), é demasiado fácil cometer um erro. Junto ao chão não haverá tempo para corrigir esse erro.

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