Roberto Stuckert Filho / PR
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff,
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro sofreu uma queda de 3,8% em 2015, a maior desde o início da série histórica atual, iniciada em 1996.
Os dados relativos à economia brasileira no ano passado foram divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi de 5,904 biliões de reais (1,408 biliões de euros) no ano passado, com uma queda de 4,6% do PIB per capita para 28,876 mil reais.
Tendo em conta a série ampliada – ou seja, com valores anteriores a 1996 -, o IBGE aponta que a queda do PIB em 2015 é a maior desde 1990, ano do confisco das poupanças e de outras aplicações financeiras pelo governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, quando a queda foi de 4,3%.
Tendo em conta os resultados hoje anunciados, 2015 será o segundo ano sem crescimento da economia basileira. Em 2014, a variação foi de 0,1%, o que ainda é considerada estabilidade.
A retração da economia brasileira em 2015 reflete retrações em praticamente todos os setores económicos, com destaque para Formação Bruta de Capital Fixo (investimento em bens de capital), com queda de 14,1%.
Os dados divulgados hoje indicam também quedas significativas na Indústria (6,2%) e nos Serviços (2,7%). O único setor avaliado que registou crescimento no ano passado foi a agropecuária, com crescimento de 1,8%.
Ao contrário das exportações de bens e serviços, que cresceram 6,1% em 2015, as importações de bens e serviços contraíram 14,3%.
A queda de 6,2% no setor industrial revela resultados negativos da atividade, com exceção para a extração mineira, que cresceu 4,9% no ano passado.
A produção e a distribuição de eletricidade, gás e água caíram 1,4%; a construção civil 7,6% e a indústria de transformação 9,7%.
