Eleições: e o PEV?

Manuel de Almeida / Lusa

Heloísa Apolónia (PEV)

Partido Ecologista “Os Verdes” voltou a ficar fora da Assembleia da República. Mas está “muito preocupado” com o que aconteceu.

A Coligação Democrática Unitária (CDU) continua em queda, algo que se confirmou nas eleições legislativas deste domingo.

A CDU tinha 6 deputados, passou a ter 4. Embora “só” tenha perdido 30 mil votos em relação a 2022.

Esta coligação inclui, há muitos anos, o Partido Comunista Português (PCP) e o PEV – Partido Ecologista “Os Verdes”.

A cara mais conhecida do PEV, Heloísa Apolónia, era a número 3 da lista CDU em Setúbal.

Mas a coligação só elegeu Paula Santos nesse círculo eleitoral, deixando de fora Bruno Dias (PCP), que estava no Parlamento; e a própria Heloísa Apolónia.

Por isso, e tal como aconteceu em 2022, o PEV não terá qualquer deputado.

O PEV reagiu aos resultados das eleições e mostrou estar “muito preocupado”: por ter ficado fora da Assembleia da República e por causa da “expressiva maioria de deputados de direita e de extrema direita eleitos”.

Isso anuncia “tempos muito complexos para a democracia, para os direitos sociais, ou para fazer face aos desafios ambientais que estão colocados”, lê-se em comunicado enviado ao ZAP.

O partido saúda a “grandiosa campanha eleitoral” da CDU, os deputados do PCP eleitos pela CDU, “certos do seu papel decisivo e combativo em matérias fundamentais num contexto político que se adivinha de enorme instabilidade”. E destaca a menor abstenção.

Mas o PEV admite que ficou “longe” de eleger deputados à Assembleia da República. Mesmo assim, o partido “não baixará os braços e continuará com a sua ação constante junto das populações, da realidade concreta, pela biodiversidade e pelos recursos naturais, pelas respostas eficazes ao problema das alterações climáticas, pela democracia e pelos valores de Abril”.