É algo que parece grande mas muito levezinho e fofo. Afinal, uma nuvem é muito mais pesada do que provavelmente pensava.
As nuvens têm preenchido – literalmente – os nossos últimos dias, por cá.
Preenchem o céu em praticamente todo o território nacional e preenchem as
notícias praticamente por todo o lado (incluindo aqui no ZAP).
Olhando para uma nuvem, parece algo grande, sim, mas muito macio e fácil de pegar. Até pode fazer lembrar o leve algodão doce, sobretudo entre os mais novos.
Mas uma nuvem é muito mais pesada do que provavelmente pensa, recorda agora o portal Live Science.
As nuvens são compostas principalmente de ar e ainda de milhões de minúsculas gotículas de água – gotículas que se formam quando a água se condensa em torno de uma partícula “semente”, a primeira.
As partículas das sementes podem ser ácido nítrico ou vapores libertados pelas árvores. Embora sejam, geralmente, muito pequenas.
Após esta explicação: há formas de pesar uma nuvem. Parece impossível mas há.
A primeira passa por pesar o vapor de água da nuvem em causa. É necessário conhecer as dimensões da nuvem e ter noção da densidade das gotículas.
E como se faz isso?
A cientista Margaret LeMone deu a resposta, há uns anos: mediu o tamanho da sombra de uma nuvem e estimou a sua altura, assumindo uma forma aproximadamente cúbica.
Depois calculou a densidade das gotículas de água na razão de meia grama por cada metro cúbico.
Resultado, em média: 550 toneladas de água – o equivalente ao peso de 100 elefantes…
Obviamente este é um cálculo médio porque cada nuvem tem a sua dimensão e a sua densidade de gotículas; por isso, o peso pode variar muito.
E ainda se podia avançar um pouco mais nestes cálculos: centrar no ar, calculando o peso do ar entre cada gota da nuvem.
Então poderia surgir uma pergunta: tanto peso e nunca caem?
Por um lado, cada gota numa nuvem é cerca de um milhão de vezes mais pequena do que uma gota de chuva; e são ajudadas por correntes de vento de alta altitude, para continuar no ar.
Além disso, a convecção de calor também ajuda a manter as gotas no ar – porque uma nuvem é menos densa do que o ar que existe imediatamente abaixo da própria nuvem.
O ar quente e a água morna sobem, ficam mais flutuantes do que o ar frio e a água fria abaixo. É como aquela camada de espuma que fica por cima de um galão.
“Sendo assim, na próxima vez que vir uma pequena nuvem feliz a passar por cima de si, lembre-se: é o peso de 100 elefantes que está ali. E agradeça às suas estrelas da sorte pela convecção de calor”, finaliza o artigo.