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Governo sueco quer que pensionistas a viver em Portugal paguem impostos na Suécia

A comissão de assuntos fiscais do parlamento sueco vai decidir, esta segunda-feira, sobre o cancelamento da convenção celebrada com Portugal relativamente aos impostos pagos pelos pensionistas suecos.

Ao abrigo do regime de residentes não habituais, os suecos pagam em Portugal apenas 10% sobre as suas pensões.

Agora, a Suécia quer que os pensionistas paguem também impostos na Suécia, o que não está a acontecer – o que é indesejado pelos cidadãos daquele país, que não querem ser duplamente tributados.

Lennart Lindeberg, um cidadão sueco que comprou casa em Portugal há nove anos, considera que a ameaça da ministra das Finanças do seu país foi longe demais, escreve a TSF.

Magdalena Andersson, a ministra das Finanças, mostrou-se revoltada com as reformas milionárias suecas isentas de impostos em Portugal e disse que iria rasgar o acordo fiscal com o nosso país e exigir que os suecos a viver em território luso pagassem impostos no país de origem.

“É uma arma muito dura para usar porque influencia não só os impostos das pessoas que se mudaram para Portugal e que têm este regime de impostos, mas também destrói as relações entre os dois países. Espero que isto seja apenas uma ameaça que não seja posta em prática”, explicou Lennart Lindeberg, em declarações à TSF.

De acordo com antigo gestor de uma empresa sueca, agora reformado, seria incomportável pagar impostos sobre o seu fundo de pensões nos dois países.

“Vivemos aqui há nove anos e apreciamos cada minuto. Não só pelo regime de impostos, mas também pelo clima, pelas pessoas encantadoras, por tudo. A nossa intenção é ficar, mas não podemos suportar pagar impostos duplamente. O que irá acontecer é que os suecos terão de voltar à Suécia para evitar a dupla tributação”, afirmou.

O que seria justo, na sua opinião, era repartir os 25% de impostos por cada país, sendo que Portugal ficaria apenas com 10%.

“Os portugueses retirariam 10% das nossas pensões e os suecos outros 15% e assim pagaríamos 25%. Assim conseguiríamos lidar com isso”, propõe Lennart Lindeberg.

ZAP //

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