Uma organização não-governamental (ONG) venezuelana afirmou que pelo menos 261 pessoas foram detidas durante protestos que marcaram a greve geral de quinta-feira, convocada pela oposição.
Pelo menos “261 detenções nos protestos”, indicou a ONG Foro Penal Venezuelano (FPV) numa mensagem na rede Twitter.
A FPV disse tratar-se do segundo maior número de detenções num só dia, desde 19 de abril, o dia com mais detenções até agora.
A ONG registou detenções na ilha de Margarita, Caracas e nos estados de Arágua, Anzoátegui, Carabobo, Cojedes e Barinas, e também em Lara, Mérida, Monágas, Portuguesa, Táchira e Yaracuy.
A oposição anunciou que 85% dos venezuelanos aderiram à greve geral de quinta-feira, em mais um protesto contra a eleição da Assembleia Constituinte, convocada pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e prevista para 30 de julho.
“Depois de 7,5 milhões se expressarem no último domingo no plebiscito simbólico contra Maduro, esta quinta-feira 85% do país cumpriu a greve cívica ativa”, anunciou o presidente do parlamento, Júlio Borges, no Twitter, onde publicou um mapa com as regiões do país que paralisaram.
Na Venezuela, as manifestações a favor e contra Maduro intensificaram-se desde 1 de abril, depois de o Supremo Tribunal ter divulgado duas sentenças, que limitam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assume as funções do parlamento.
A 1 de maio, Maduro anunciou a eleição de uma Assembleia Constituinte para alterar a Constituição, o que intensificou os protestos. Para a oposição, a Assembleia Constituinte vai acabar com a democracia no país e impor um regime comunista ao estilo de Cuba.
Pelo menos 97 pessoas morreram desde o início dos protestos.
// Lusa