Cinzas dos incêndios, arrastadas para o Douro pelas chuvas fortes, podem explicar as dezenas de peixes que apareceram mortos no Douro. “Já é o terceiro caso reportado” nas últimas semanas.
O aparecimento de peixes mortos no rio Douro, junto à ETAR de Gramido, em Gondomar, poderá estar relacionado com as cinzas de incêndios que as chuvas fortes arrastaram para a água, informou a Polícia Marítima do Porto.
No fim de semana, dezenas de peixes apareceram mortos no rio, em Gramido, e, segundo o capitão do Douro, Rui Lampreia, esta é a terceira vez que tal acontece naquele local do distrito do Porto.
“Nas últimas semanas este já é o terceiro caso reportado. Os dois anteriores, de sujidade e tainhas mortas, ocorreram junto a um hotel próximo da cidade do Porto e na Ribeira. A Polícia Marítima foi ao local, mas não conseguimos detetar uma causa”, explicou o capitão, citado pelo JN.
À Lusa, Rui Lampreia confirmou que a Polícia Marítima “está a tentar apurar as causas desta situação” que, disse, “poderá ter a ver com as cinzas dos incêndios [que se fizeram sentir nas últimas semanas de setembro] que as fortes chuvas [das semanas seguintes] terão arrastado para a água”.
“Agora é apurar as causas e fazer a limpeza. Não há indícios de derrame”, sublinhou.
Quanto à limpeza, o responsável do Douro apontou que esta está a ser tratada junto da Câmara de Gondomar. Já fonte da autarquia liderada pelo socialista Marco Martins garantiu à Lusa que a ETAR de Gramido “tem cumprido as condições de descarga impostas na respetiva licença”, um “facto que pode ser atestado pelos resultados do controlo analítico que todos os meses são enviados às entidades competentes”.
ZAP // Lusa