Feliz da vida. Pedro Nuno é “o grande aliviado” da noite eleitoral

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António Pedro Santos/Lusa

O secetário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos

Entregou de mão beijada a vitória à AD “como se percebesse que a cura da oposição vai fazer bem ao PS”. Pedro Nuno viu luz ao fundo do túnel e foi “um dos homens felizes da noite.”

Foi por (muito) pouco, mas ao que tudo indica, o PS não foi o partido mais votado nestas eleições e a Aliança Democrática (AD), formada pelo PSD, CDS e PPM, venceu as legislativas de 2024.

Não vamos suportar um Governo da AD“, garantiu já de madrugada, numa altura em que assumia a derrota socialista. “O nosso projeto para o país não é compatível, é alternativo ao da AD“.

No entanto, na derrota, Pedro Nuno Santos parece ter encontrado a luz ao fundo do túnel. Se o Chega — que quadriplicou os votos em relação às últimas eleições — foi o grande vencedor da noite eleitoral, o secretário-geral socialista foi  “o grande aliviado”.

“O grande aliviado da noite é o Pedro Nuno Santos”, confessa Luís Aguiar-Conraria, à rádio Observador. “Só a forma como foi fazer o discurso e entregou logo a vitória à AD, quando há 50% de hipóteses da bancada com mais deputados ser a do PS”, diz tudo ao economista.

“Ele estava feliz da vida”, acrescenta Susana Peralta.

O candidato socialista, que na opinião da economista tem “aparecido pouco natural” e até “um pouco crispado”, subiu ao palco para dar as más notícias este domingo com “um grau de descontração e de simpatia e “muito mais claro na sua mensagem política.”

“Pedro Nuno obviamente percebeu que num momento político destes a posição confortável é a posição da oposição”. Foi “um dos homens felizes da noite.”

“Correu-lhe lindamente, ele está feliz. Quase como se reconhecesse que a cura da oposição vai fazer bem ao PS”, rematou.

“A forma como entregou de mão beijada a vitória à AD mostra que percebeu que não podia fazer governo nestas condições”, disse ainda Luís Aguiar-Conraria: “Se isto para a AD vai ser muito difícil, se imaginarmos que era o PS a ser governo numa posição destas, não aprovariam nenhum orçamento.”

A AD acabou

E a mesma aliança que vence as eleições, vale hoje lembrar, deixa de existir.

A partir de hoje deixa de haver AD“, recordou ainda o comentador. “Acabou-se. A lei eleitoral é clara: a coligação acabou”.

“A não ser que o PSD e o CDS anunciem uma fusão, neste momento o que temos é um grupo parlamentar do PSD e um do CDS”, explica.

Os dois “grandes”, PSD e PS, alcançaram o mesmo número de deputados (77). O CDS-PP está de regresso ao parlamento, com dois deputados eleitos pela coligação que montou com o PSD e PPM antes das eleições. O Chega, com 48 eleitos (18,06%), quadruplicou os deputados conquistados em 2022. A IL, o BE e o PAN mantiveram os mandatos, oito, cinco e um respetivamente.

Tomás Guimarães, ZAP //

4 Comments

  1. Que????? O Sr Pedro ficou feliz porque sabe que daqui a 4 anos vai ganhar e pode repetir o mantra dele: a culpa é do “Passos”!
    quem é que quer governar um país em decadência depois do que o PS e a esquerda fizeram?? É facil agora virar costas controlar danos meter este como bode expiatório e daqui a 4 anos voltar a ganhar com maioria absoluta e culpar os outros pelos problemas.

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  2. Tem graça como alguns comentadores transforman a palavra “derrotado” com a palavra “aliviado”… Quando se sente alívio numa derrota o melhor é não fingir que se pretende ganhar!

  3. O que é que Costa fez durante 8 anos ? Nada. Exceto uma coisa : Palavreado. Os ministros uma desgraça . Os problemas ficaram para Montenegro. . O que é que Nuno Santos fez? Nada. Nuno Santos após a tomada de posse de Montenegro aprontou-se logo para criticar o discurso do novo PM. Melhor não é capaz de fazer. Os portugueses têm que abrir os olhos. Nem nunca chegará a PM.

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