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A -273°C, peças Lego podem ajudar a desenvolver computadores quânticos

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Uma equipa de físicos da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, publicou um estudo que indica que as peças Lego se comportam como um excelente isolante térmico a temperaturas criogénicas.

Pela primeira vez, cientistas arrefeceram peças Lego à temperatura mais baixa possível, numa experiência que revela um novo uso para este popular brinquedo. As suas propriedades indicam que pode ser muito útil no desenvolvimento de computação quântica.

Uma equipa de físicos da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, colocou uma figura e várias peças de Lego dentro do frigorífico mais eficaz do mundo. De acordo com o Europa Press, esta máquina, especialmente fabricada na universidade, atinge menos 273,15 graus Celsius, aproximadamente 200.000 vezes mais frio do que a temperatura ambiente e 2.000 vezes mais frio do que o Espaço profundo.

Dmitry Zmeev, líder da equipa, adiantou em comunicado que estes resultados são muito “significativos”, uma vez que “descobrimos que o arranjo de fixação entre os blocos de Lego faz com que as estruturas de Lego se comportem como um excelente isolante térmico a temperaturas criogénicas”.

Esta característica é ideal “para os materiais de construção usados para o design de futuros equipamentos científicos, como refrigeradores por diluição“, explicou o físico. Inventado há 50 anos, o refrigerador de diluição está no centro de uma indústria global multibilionária e é crucial para o trabalho da física e da engenharia experimental moderna, incluindo o desenvolvimento de computadores quânticos.

O uso de estruturas plásticas ABS (acrilonitrila butadieno estireno), como as peças Lego, em vez dos materiais sólidos que se utilizam atualmente, significa que qualquer isolamento térmico futuro poderá ser produzido a um custo significativamente reduzido. Os resultados foram recentemente publicados na Scientific Reports.

O próximo passo é projetar e imprimir em 3D um novo isolador térmico para a próxima geração de refrigeradores de diluição, adiantam os cientistas.

ZAP //

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