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Comércio e indústria querem desconfinar rapidamente e propõem alargamento de testes

Simon Collison / Flickr

Rua Augusta, em Lisboa

Numa altura em que o Governo já está a desenvolver o plano de desconfinamento, são muitos os apelos das mais variadas áreas da economia. Prevê-se que na próxima quinzena o comércio e a indústria ainda mantenham as portas fechadas, mas os líderes destas confederações insistem que há condições para reabrir.

António Costa só vai apresentar o plano de desconfinamento na próxima quinta-feira, mas já são muitos os apelos que vão sendo feitos ao Governo. Espera-se que as crianças mais pequenas regressem à escola, porém as comércio e industria ainda deverão ter de esperar por novas indicações.

No entanto, os líderes das confederações do Comércio e da Indústria dizem que já há condições para começar o desconfinamento nestas áreas. Apelam à abertura dos estabelecimentos do pequeno comércio, como é o caso dos cabeleireiros, barbeiros ou stands de automóveis, já na próxima quinzena. Justificam que o que está em causa é a saúde mental e a economia portuguesas

Com a mesma opinião, António Saraiva e João Vieira Lopes referem que o país “deve começar a desconfinar” a partir da próxima semana e vão propor ao Governo a abertura faseada do comércio e indústria, com o alargamento da testagem aos trabalhadores dos setores que possam reabrir ao público.

Os patrões da Indústria e do Comércio irão apresentar as suas ideias ao Governo, na reunião marcada para quarta-feira, na Concertação Social.

Em declarações ao Expresso, o líder da CIP assumiu que irá ser proposto um plano de desconfinamento, dividido por quatro fases, a primeira das quais começa já segunda feira, com a reabertura de jardins infantis, creches e ensino até ao sexto ano, cabeleireiros, livrarias e alfarrabistas.

João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio, defende a reabertura do ensino “o mais rapidamente possível, começando pelas creches e o primeiro ciclo”.

O responsável considera que a reabertura gradual dos “setores menos expostos ao contágio” e, seguindo o modelo já adotado no primeiro desconfinamento, reabrir o pequeno comércio por fases.

Entre os estabelecimentos a reabrir numa primeira fase estão os cabeleireiros e barbeiros, as agências imobiliárias, os stands de automóveis e todo o comércio de bairro.

Ambos consideram que o Governo deve incluir na lista do rastreio à covid e da testagem massiva muitos dos estabelecimentos de comércio e indústria que forem reabrindo as portas.”Para além de todas as medidas de proteção e segurança, a generalização dos testes é uma medida importante de prevenção da pandemia”, conclui Vieira Lopes.

ZAP //

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