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Pássaro alimenta cria com beata de cigarro

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(dr) Kate Mason

Karen Mason registou o momento em que um pássaro alimentou a sua cria com uma beata de um cigarro numa praia da Florida, nos Estados Unidos.

Quando Karen Mason foi a St. Pete Beach, na semana passada, planeava passar uma noite tranquila a proteger pássaros e ninhos na praia, uma tarefa que a ambientalista faz duas ou três vezes por semana durante a época da nidificação. Mas o que começou por ser uma visita comum à praia na Florida, acabou por se transformar num alerta.

Quando viu um pássaro a alimentar a sua cria, não hesitou em tirar da bolsa a sua máquina fotográfica e registar o momento. Em casa, quando carregou as fotografias no computador, ampliou a imagem e teve uma surpresa: o pássaro tinha alimentado a cria com uma beata de cigarro.

Numa publicação de Facebook, citada pelo Daily Mail, a ambientalista conta que não sabe se a beata acabou por matar aquela cria. “Não sei se a cria acabou por comer a beata ou não. Espero que não porque se o fez é provável que tenha morrido. Estes pássaros vêm até às praias da Florida para fazer o ninho. E as praias estão cheias de pessoas, por isso eles têm de aprender a coexistir connosco e com o nosso lixo”, explicou.

Mason explicou ainda que esta espécie “sobrevoa a superfície da água para obter comida”. “Quando tocam em coisas, não sabem o que é que apanham. Acredito que o pássaro tenha encontrado a beata e não soubesse o que era. É tempo de limpar as nossas praias e parar de as tratar como um cinzeiro gigante”, alerta a especialista.

Na rede social, foram muitos os utilizadores que expressaram a sua tristeza face à situação. “Isto deixa-me doente. Por favor, ponham as vossas beatas no lixo ou guardem-nas se não virem sítio onde as possam pôr”, pediu um internauta.

De acordo com Thomas Novotny, fundador do projeto Cigarette Butt Pollution, que visa eliminar resíduos de tabaco do meio ambiente, “pontas de cigarro são, na verdade, resíduos tóxicos e perigosos“.

“Noventa e nove por cento de todas as pontas de cigarro são compostas pelo filtro, que é feito de um plástico à base de plantas, que leva anos para se deteriorar, nunca se biodegradando completamente”, explica o especialista ao Today.

A vida selvagem corre, por isso, o risco de sufocar nestes objetos, além de os animais poderem ser envenenados com as toxinas.

ZAP //

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