Afinal, o que achávamos saber sobre partir ovos está errado

Vamos já meter os ovos nos i’s: e se lhe dissermos que os ovos partem mais facilmente quando caem de ponta, e não quando caem de lado?

A garantia é do famoso Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e muda tudo o que sabemos sobre ovos e omeletes.

Três anos e 200 ovos — dos quais 60 esmagados em condições controladas de laboratório — depois, a equipa da professora Tal Cohen, do Departamento de Engenharia Mecânica e Civil do MIT descobriu que os ovos deitados de lado comprimiam-se mais antes de se partir.

Nos testes estáticos, uma prensa mecânica aplicou força aos ovos nas posições vertical e horizontal. Embora a quantidade de força necessária para os partir — cerca de 45 newtons — fosse semelhante, chegaram a esta conclusão, segundo o estudo publicado a 8 de maio na Communications Physics.

É como dobrar os joelhos ao cair, comparam os investigadores, em comunicado. Em termos de engenharia, rigidez não é sinónimo de resistência: uma estrutura mais rígida pode resistir à deformação, mas uma mais resistente pode absorver energia e suportar impactos.

Já os testes dinâmicos de queda, que simulam melhor cenários da vida real, ofereceram mais provas. Os investigadores deixaram cair ovos de alturas pequenas, mas precisas (8 a 10 milímetros).

Os ovos que caíram de lado tiveram um desempenho consistentemente melhor. Simulações confirmaram os resultados experimentais, mostrando que o equador do ovo — a parte lateral — proporciona um tempo de impacto mais longo, permitindo que mais energia seja absorvida e reduzindo a probabilidade de rachaduras.

Até os padrões de quebra foram diferentes. Os ovos que caíram horizontalmente partiram-se de forma limpa ao meio — muito parecido com a forma como os partimos para cozinhar —, enquanto as quedas verticais resultaram frequentemente em fraturas em espiral a partir da extremidade romba.

A equipa analisou mais de 200 ovos — comprados a granel — para concluir o estudo. Nenhum foi comido, embora alguns sobreviventes não quebrados tenham sido apreciados pelo cão da autora do estudo.

ZAP //

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