Pardal Henriques continua com “grande ascendente sobre sindicato”

António Cotrim / Lusa

Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas

Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, sublinha a importância que Pedro Pardal Henriques continua a ter no Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, apesar de ter deixado de ser o porta-voz.

Como anunciou em agosto — quando confirmou que é candidato pelo PDR às eleições de outubro — Pardal Henriques continua a representar juridicamente o sindicato.

“Tenho muitas dúvidas de que alguma coisa do ponto de vista material se tenha efetivamente alterado, porque Pedro Pardal Henriques continua a ter um grande ascendente sobre o sindicato, a negociação final não deixou de passar por ele. E ele esteve lá para corroborar a assinatura do acordo no momento em que ele foi assinado”, disse Pedro Nuno Santos em entrevista à RTP.

O ministro das Infraestruturas explicou que o acordo que levou à desconvocação da greve dos motoristas de matérias perigosas foi facilitado pela ausência de exigências prévias tanto por parte do sindicato como da ANTRAM, que representa os patrões do setor.

“Aquilo que aconteceu desta vez é que nem uma parte nem a outra exigiram pré-condições ao outro para negociar e, portanto, todos os temas, todos os assuntos, todas as questões serão passíveis de diálogo — e isso era fundamental porque cada uma das partes tinha as suas pré-exigências, que obviamente impediam que se sentassem à mesma mesa”, defendeu.

Pedro Nuno Santos deixou críticas a Rui Rio por ter dito que a paralisação do mês passado foi uma “farsa”. “Não deixou de ser inusitado vermos o líder do PSD — não a direita toda, mas o líder do PSD — a tentar passar a mensagem de que havia uma farsa montada”, criticou.

O ministro entende que Rui Rio foi “desrespeitoso” para com as duas partes em conflito. “Um conflito que era sério, que em abril teve consequências muito sérias na vida de todos nós”, sublinhou Pedro Nuno Santos à RTP.

Depois de duas greves, no passado mês de abril e este mês, os motoristas de matérias perigosas ameaçar voltar a parar entre os dias 7 e 22 de setembro, mas desta vez só aos fins-de-semana e trabalho extraordinário. O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) anunciou este sábado a desconvocação da greve após princípio de acordo.

ZAP //

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