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É um inédito mundial. A parceira da primeira-ministra da Sérvia deu à luz

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Ana Brnabic, primeira-ministra da Sérvia

A primeira-ministra da Sérvia, Ana Brnabic, foi mãe pela primeira vez, depois de a companheira, a médica Milica Djurdjic, ter dado à luz um rapaz chamado Igor. Um feito inédito na política mundial.

“Ana Brnabic é uma das primeiras primeiro-ministro cuja parceira deu à luz enquanto estava no cargo e a primeira do mundo num casal do mesmo sexo“, aponta uma nota do gabinete da governante da Sérvia, divulgada pela imprensa europeia.

A parceira da governante deu à luz depois de uma gravidez por inseminação artificial e pela Lei da Sérvia, só a mãe biológica tem direitos sobre a criança.

Os casamentos homossexuais não são reconhecidos no país – a Constituição da Sérvia define claramente o casamento como uma união entre um homem e uma mulher. A Lei civil também não reconhece as uniões de facto entre pessoas do mesmo sexo.

Por outro lado, a adopção está também vedada aos casais do mesmo sexo.

Deste modo, Ana Brnabic, de 43 anos, é mãe apenas na prática, não tendo quaisquer direitos civis sobre a criança gerada pela parceira.

A política tornou-se na primeira mulher e na primeira pessoa abertamente homossexual a subir ao cargo de primeiro-ministro na Sérvia, em 2017. Uma eleição que foi vista como um sinal de progresso num país muito conservador, onde a homofobia é comum e a influente Igreja Ortodoxa condena a homossexualidade, comparando-a ao incesto.

Mas Ana Brnabic também não escapa às críticas da comunidade homossexual que a acusa de não fazer o suficiente pelos direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais).

A primeira-ministra já participou em várias marchas em prol dos direitos LGBT, mas recusou apoiar uma proposta para promover a legalização das uniões entre casais do mesmo sexo em 2016.

Na altura, Brnabic frisou que não está focada na questão LGBT porque acredita “profundamente e verdadeiramente que a Sérvia terá uma sociedade mais tolerante quando as pessoas tiverem empregos, melhores salários” e quando “não tiverem que se preocupar com futuro dos seus filhos”.

SV, ZAP //

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