O Parlamento do Paquistão aprovou esta quinta-feira uma lei que permite acusar e condenar a prisão perpétua os autores de “crimes de honra”, mesmo em caso de perdão da família da vítima.
Estes crimes “tiram a vida a centenas de pessoas todos os anos”, lê-se no novo diploma, de contornos inéditos naquele país, segundo as agências internacionais.
O texto destacou que esta medida “era necessária para evitar que tais crimes sejam cometidos repetidamente”.
Organizações não-governamentais e muitos políticos paquistaneses pedem há vários anos leis mais duras para instituir penas mais severas contra os autores de violência contra mulheres.
No Paquistão, país muito patriarcal, centenas de mulheres morrem todos os anos às mãos de familiares sob o pretexto de terem violado a honra da família.
Vários casos chocaram o país nos últimos meses, como foi o caso da vedeta Qandell Baloch, morta pelo irmão no passado dia 15 de julho.
Posteriormente, o irmão da chamada “Kardashian do Paquistão” afirmou que se sentia orgulhoso de ter assassinado a irmã porque “as mulheres nasceram para ficar em casa”.
Uma disposição controversa da lei islâmica em vigor no Paquistão prevê que os homens que matam mulheres da sua família podem escapar a qualquer condenação se a família conceder o seu perdão em troca do pagamento de uma soma compensatória.
O Parlamento paquistanês aprovou esta quinta-feira também uma lei que endurece as penas para determinados casos de violação.
/Lusa
Paquistão, Índia e outros países daquela área geográfica,ainda vivem na idade da pedra, sao autenticos Neandertais. Paises miseraveis.