As imagens que mostram o Papa Francisco a evitar, por diversas vezes, que os católicos presentes numa cerimónia religiosa na cidade de Loreto, em Itália, lhe beijem o anel deram que falar e a explicação surge agora. “Foi uma questão de higiene”.
Beijar o anel do Papa é uma tradição católica de longa data, mas o Papa Francisco parece disposto a acabar com ela. Ou, pelo menos, foi o que deram a entender as imagens que o mostram a evitar o gesto que vários fiéis tentaram protagonizar em Loreto, Itália, numa cerimónia religiosa realizada nesta semana.
O gesto do Papa criou controvérsia e o porta-voz do Vaticano, Alessandro Gisotto, explica agora que se tratou de uma “questão de higiene”. “Ele gosta de abraçar as pessoas e de ser abraçado”, refere este responsável citado pela agência de notícias Reuters.
Gisotti destaca que havia muitas pessoas na fila para cumprimentarem o Papa e que este não queria espalhar germes, à medida que cada uma delas lhe beijasse o anel.
Jornalistas correspondentes no Vaticano salientam que não é a primeira vez que o Papa Francisco tem este tipo de gesto, mas vincam que nunca o terá feito com tanta insistência.
Antigos Papas como Bento XVI e João Paulo II também não gostavam que lhes beijassem a mão, de acordo com especialistas nas questões do Vaticano.
As imagens estão a despoletar uma discussão entre os católicos mais conservadores e os mais progressistas, com algumas vozes a apelarem até à resignação do Papa devido a este gesto.
Em audiências particulares, o Papa tem admitido que lhe beijem a mão, mas parece claro que não pretende que o gesto se verifique muitas vezes perante números mais alargados de fiéis. Em nome da saúde alheia.