Apesar de a pandemia ter levado muitos setores da economia para os piores resultados de sempre, nem todos perderam faturação durante os meses de março a novembro da crise sanitária, algum conseguiram mesmo aumentar.
Neste sentido, houve cinco ramos de atividade que registaram acréscimos face ao mesmo período de 2019, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) com base na informação da plataforma e-fatura, da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), avança o Diário de Notícias.
Segundo a análise do INE, no período de março a novembro do ano passado, “apenas cinco ramos de atividade registaram acréscimos de faturação face ao período homólogo”, indica o gabinete de estatística.
Esses setores estão ligados à fabricação de produtos farmacêuticos (+19,8%), à investigação científica e desenvolvimento (+10,7%), consultoria e atividades de programação informática (+7,6%), atividades dos serviços de informação (+7,6%), telecomunicações (+4,4%) e construção (+4%).
Todo este conjunto de atividades está diretamente relacionado com a crise pandémica, como é o caso da indústria farmacêutica, mas também com os efeitos indiretos do isolamento e da obrigatoriedade do teletrabalho, como é o caso das telecomunicações e informática.
Em todo o caso, as regiões com mais casos por mil habitantes não foram as que registaram maiores quebras da atividade económica. Tudo tem que ver com o tipo de setores predominantes no tecido empresarial.
Em termos de peso destas atividades na faturação total, é um valor residual, nota o INE. “Com exceção da construção (4,7%), os restantes ramos que apresentaram taxas de variação homólogas positivas representavam, individualmente, menos de 1,5% do valor global de faturação de 2019”, detalha o Instituto Nacional de Estatística.
Em sentido inverso, todas as atividades relacionadas com o turismo ou com a necessidade de contacto físico foram as “mais castigadas” pela pandemia durante os nove meses analisados.
De acordo com INE “destacam-se as atividades de alojamento (-67,6%) e as atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas (-50,6%) – em que o valor de faturação de março a novembro de 2020 representou menos de metade do valor faturado no mesmo período em 2019″.
O INE concluiu também de que em 21 das 25 regiões da nomenclatura das unidades territoriais (NUT III), as “atividades de alojamento representaram o ramo com maior quebra de faturação face ao período homólogo”.
As quebras nestes setores afetarem regiões como os Açores (-76,3%), a Área Metropolitana do Porto (-74,8%), a Região Autónoma da Madeira (-74,6%), a Área Metropolitana de Lisboa (-73,3%) e o Médio Tejo (-72,7%).
E quem ganhou mais… o regime comunista da China