Ucranianos fazem os possíveis para não ser enganados pelos infiltrados russos e ajudar as suas tropas a vencer o inimigo.
Mesmo antes de Vladimir Putin ordenar a “operação militar especial”, os serviços de inteligência norte-americanos e as autoridades ucranianas já apontavam para a presença de infiltrados russos nas cidades ucranianas, os quais tinham como objetivo ajudar a preparar a ofensiva militar e sabotar os planos defensivos das forças ucranianas. Segundo afirmou Viktor Chelovan, membro do Ministério do Interior ucraniano e comandante das forças especiais “Lance”, em Kiev há células dos serviços especiais russos e do GRU (inteligência militar).
Cientes deste perigo, os moradores de Kiev já desenvolveram um mecanismo para distinguir possíveis infiltrados: obrigar os suspeitos a pronunciar a palavra palyanytsa, um nome de um pão tradicional ucraniano, que nenhum russo consegue dizer corretamente. Segundo o Jornal de Notícias, a armadilha é infalível e tão antiga como as guerras soviéticas. Na cidade surgiram também métodos parecidos, que vão variando consoante os autores. Um taxista, por exemplo, opta por começar a cantar o sucesso musical ucraniano “Oleinii, Oleinii“, esperando que a outra pessoa prossiga com a letra.
Segundo os relatos da população, os agentes russos tendem a permanecer nas florestas e atacar civis. “São pessoas que se parecem com as daqui, mas que começam a disparar contra os moradores”, explicou Andrii Levanchouk, funcionário de um banco local. Durante o período noturno, os invasores espalham minas e marcam os telhados de alguns edifícios, estabelecendo alvos que mais tarde devem ser bombardeados.
Ainda segundo Viktor Chelovan, alguns dos infiltrados são formados por “forças operacionais especiais russas que tentam destabilizar a vida quotidiana nas vilas e cidades, assim como nas bases militares. Existe ainda outro grupo que é formado por “agentes de inteligência cujo único objetivo é matar diversas autoridades ucranianas”.
Guerra na Ucrânia
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