Wilson Dias / ABr
Os gastos mínimos são de 350 euros para quem tem crianças a frequentar o Ensino Básico e o valor chega aos 600 euros para quem tem filhos a estudar no Ensino Secundário. Muitas das despesas não podem ser descontadas no IRS e a DECO já está a preparar uma petição.
Desde o último ano letivo que as despesas médias das famílias com material escolar dispararam cerca de 16% e um cabaz básico custa agora mais 5 euros do que em Agosto de 2021, de acordo com as contas do site KuantoKusta.
As lapiseiras foram um dos artigos onde o preço subiu mais (205%), seguindo-se o papel A4 (160%) os furadores e agrafadores (115%) e as borrachas, afias e lápis (105%), explica o Jornal de Notícias.
Serão agora precisos cerca de 350 euros para se comprar todo o material necessário para um aluno do Ensino Básico e o valor sobe para os 600 euros quando se trata de um estudante do Secundário, segundo o Guia do Regresso às Aulas do Ekonomista.
O material escolar e as mochilas representam metade das despesas dos pais de crianças que estão no Ensino Básico. Já para as famílias que têm estudantes do Ensino Secundário, o maior rombo nas contas (60%) é causado pela compra de material informático.
Para além dos grandes custos, as famílias continuam a não poder deduzir muitas destas despesas no IRS, uma situação que a DECO quer reverter, estando já a recolher assinaturas para uma petição para levar o tema ao Parlamento.
Entre as recomendações para se maximizar a poupança nesta altura difícil destacam-se fazer as compras antecipadamente e evitar deixar tudo para a semana do início das aulas, usar comparadores de preços na internet e verificar os valores em várias lojas antes de se comprometer com uma compra e também tentar reutilizar material do ano passado ou de algum irmão mais velho que ainda esteja em boas condições.
