Pai e filho morrem no TT da Ilha de Man. A “corrida da morte” já fez cinco vítimas este ano

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Isle of Man TT Races / Twitter

Roger Stockton e o filho, Bradley, morreram esta sexta-feira.

Pai e filho morreram, esta sexta-feira, no TT da Ilha de Man, conhecido como “a corrida da morte”. A prova de motociclismo já fez cinco vítimas este ano.

Depois de dois anos de ausência, devido à pandemia de covid-19, o TT (Tourist Trophy) da Ilha de Man voltou a realizar-se nesta pequena comunidade autónoma situada no mar entre a Irlanda e a Grã-Bretanha.

Não é por acaso que lhe chamam “corrida da morte”. Esta edição daquela que é considerada a prova de motociclismo mais perigosa do mundo já leva cinco vítimas mortais. As mais recentes foram as de Roger Stockton e o seu filho Bradley, que morreram durante a segunda corrida de sidecars do evento, realizada esta sexta-feira.

“Com profunda tristeza, a Isle of Man TT Races confirma que Roger Stockton, 56, e Bradley Stockton, 21, de Crewe, Cheshire, morreram num incidente na segunda e última volta da segunda Sidecar Race of the 2022 Isle of Man TT Races”, lê-se no comunicado divulgado pela organização da prova.

O acidente aconteceu na segunda volta da corrida, no mesmo trecho onde também o piloto Cesar Chanal morreu na primeira prova realizada no sábado passado.

Roger, de 56 anos, era um veterano do TT da Ilha de Man, participando na prova pela 20ª vez. “Durante a sua carreira, conquistou um total de doze finalizações entre os 20 primeiros e quatro entre os 10 primeiros, além de 10 medalhas de bronze”, lê-se no comunicado.

Já o seu filho Bradley, de 21 anos, estreava-se na prova. O jovem seguia no lugar do passageiro do sidecar que era conduzido por Roger. “Bradley era um recém-chegado ao TT e terminou a sua primeira corrida de TT na segunda-feira, garantindo um impressionante 8º lugar ao lado de seu pai”, sublinhou a organização.

Esta é a edição mais mortal do TT desde 1989, ano em que morreram oito pilotos na corrida de estrada que se disputa num circuito de 60,7 quilómetros.

“Fui ao TT da Ilha de Man em 1989 e tinha grande admiração pelos participantes, mas o número de mortos foi grave e é horrível em 2022. Entrevistei Steve Hislop — o piloto de Hawick que mais tarde morreu num acidente de helicóptero — e ele disse: “Eu amo isto. Mas minha família não!”, conta o jornalista escocês Neil Drysdale, no Twitter.

Este ano, além dos três pilotos já referidos, morreram também Mark Purslow e Davy Morgan. Desde que começou a realizar-se, em 1907, o TT da Ilha de Man já fez 265 vítimas mortais.

Daniel Costa, ZAP //

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