Padrão de João I destruído: “Não foi acidente” – mas também não foi vandalismo, segundo a Câmara

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(dr) Município de Guimarães

Padrão de D. João I, Guimarães

Monumento nacional foi destruído. A forma como ficou o ferro não deixa dúvidas. Câmara de Guimarães admite falha em inspecção.

Foi uma notícia que marcou a semana em Guimarães: o Padrão de D. João I apareceu destruído na noite de terça-feira.

Monumento nacional desde 1910, está precisamente da Rua D. João I em Guimarães.

Foi construído há mais de 150 anos, em 1863, também é conhecido como Padrão de Aljubarrota e Padrão de São Lázaro.

O cruzeiro em pedra (ou o que resta dele) assinala a entrada em Guimarães de D. João I – que tinha prometido ir a Santa Maria de Guimarães por ter vencido a Batalha de Aljubarrota.

As autoridades foram ao local na própria noite. A Polícia Municipal de Guimarães e a Polícia de Segurança Pública tentam perceber o que aconteceu – algo que ainda não se sabe.

Os locais não têm dúvidas: não foi um acidente. “Senti o estrondo. Vi dois moços a ir por aí abaixo. Estavam a rir, na galhofa”, relata o morador José Silva.

Também na RTP, a moradora Teresa Barroso admite que o monumento “já abanava um bocadinho, mas não caía assim facilmente. Foi alguém que empurrou“.

Já o lojista Alcídio Ribeiro lembra que o padrão foi restaurado há cerca de três anos. Foi acidente? “Ah, não. Basta olhar para o ferro, ali no meio, que está torto”.

A Câmara Municipal de Guimarães admite que pode ter havido falha nas inspecções ao local. “Alguma estrutura interna que poderá não ter sido verificada, ou não terá dado indícios de instabilidade, no momento de recuperação”, comentou a vereadora Ana Cotter.

No entanto, a mesma responsável afasta o cenário de vandalismo: “Não temos ali nenhum indício de marcas de algum material, algum ferro, que pudesse ter ajudado a derrubar” o monumento.

Mas o Ministério da Cultura tinha indicado na quarta-feira que este foi um “acto de vandalismo” e um “grave atentado”.

ZAP //

2 Comments

  1. Provavelmente os rapazes fizeram o favor de deitar o monumento ao chão para que não caísse em cima de ninguém! A moradora afirma que ele abanava um bocadinho! É admissível que a câmara municipal tenha um monumento nacional a abanar um bocadinho? Não seria mais cara a indemnização a pagar por estragos provocados pela sua queda do que a quantia despendida na sua recuperação? Isto não é vandalismo é incúria!!

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