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Os três grandes problemas de Portugal, para a maioria dos cidadãos

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Olivier Matthys/EPA

Governo é, para a grande parte dos portugueses, o maior problema do país

A maioria dos portugueses é da opinião que o país está pior do que há um ano atrás e, apesar de ver o Governo como o maior problema do país, é o rendimento que pesa mais às costas dos portugueses.

O Governo surgem mesmo como a maior fonte dos problemas nacionais em sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica.

Sem respostas apresentadas como pré-definidas, 16% dos portugueses identificaram o Governo como o maior problema, enquanto 15% pensam ser a inflação e o custo de vida a piorar o estado do país, segundo inquérito realizado para o Público, RTP e Antena 1.

A fechar o pódio de problemas nacionais está a corrupção: 12% dos portugueses apontam-na como o maior problema. Mas há um número significativo de portugueses que apontam outros problemas.

A saúde (8%), a habitação e taxas de juro (7%) e a economia (5%) não foram questões esquecidas pelos cidadãos nacionais, que ainda apontaram os baixos salários (4%) e a credibilidade ou capacidade dos políticos (3%) como sendo o problema mais relevante em Portugal.

Com menos impacto está a educação, os impostos e a justiça, todos com 2%.

Governação ladra, rendimento morde

Uma vez somadas as percentagens do inquérito relacionadas com o rendimento disponível — a inflação, o custo de vida, os baixos salários, a habitação, a economia e os imposto — pesa mais o problema do rendimento do que as questões relacionadas com a governação e confiança nos políticos (o Governo, a corrupção e a credibilidade ou capacidade dos políticos).

Se a Julho de 2022 as preocupações com o rendimento não ultrapassaram os 24% e os problemas relacionados com a governação os 14%, este ano o cenário piorou — o rendimento, somado, este ano, pesa 34%, os problemas de governação ficam-se pelos 31%.

Comparativamente ao ano passado, nota-se também o aparecimento da habitação e taxas de juro como maiores problemas nacionais, que substituem a guerra e os incêndios na lista.

65% dos portugueses considera que o país está pior do que há um ano, 22% dizem que está igual e apenas 12% acreditam que está melhor.

Comparativamente a anterior sondagem do Cesop de fevereiro,há melhorias ligeiras. Na altura, 72% achava que estava pior, 17% não notava diferenças e 9% dizia que o país estava melhor do que o ano passado.

ZAP //

5 Comments

  1. «…O sistema político da Constituição de 1976 está gasto, transformou a Democracia, Esperança do 25 de Abril, num “ancien régime”. Transformou-A numa partidocracia subordinada a várias oligarquias, onde impera o poder do dinheiro e não o Primado da Pessoa Humana, nem a soberania do Povo.
    O Estado Social vem sendo descaradamente destruído e agravam-se as desigualdades sociais.
    Os menos esclarecidos julgam que os centros de decisão mais importantes ainda estão nos Partidos, e não, como agora, nas sociedades secretas cujos interesses financeiros, protegidos por uma desregulação selvagem, dominam o Estado. Portugal, por culpa da passividade e da incompetência, foi transformado num protectorado de uma Europa sem coragem de se autoconstruir, afundada no Relativismo e rejeitando Princípios, Valores e Ideologias.
    Está assim comprometido o Interesse Nacional e o Bem Comum dos Portugueses.
    Também a posse das máquinas informativas pelos poderes aqui denunciados, ajuda a convencer os Portugueses de que não há outro caminho de Regeneração, de Democracia e de Desenvolvimento Integral da Pátria, a não ser o deste percurso de “apagada e vil tristeza” por onde nos forçam os “velhos do Restelo” do século XXI português.
    Os socialmente mais débeis são os mais covardemente atingidos e sofredores, porque assim o escolheram as oligarquias e as sociedades secretas.
    A crise tinha de ser enfrentada, mas não desta maneira de genocídio social…» – Alberto João Jardim in «A Tomada da Bastilha»

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