Os tanques russos são velhos, mas não caducaram (e estão a fazer estragos na Ucrânia)

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Wikimedia Commons

O tanque médio soviético, T-55 (1991)

Os tanques da Rússia com mais de meio século já foram alvo de troça mas, após uma adaptação da sua estratégia, são uma mais-valia no campo de batalha na Ucrânia.

Apesar dos seus 70 anos, os velhos tanques russos ainda representam uma força considerável na guerra na Ucrânia.

A Rússia — segundo relatório do Royal United Services Institute (RUSI), publicado esta sexta-feira e baseado em várias entrevistas com oficiais ucranianos no terreno — está a espremer o sumo todo destes blindados, que já nem conseguem chegar à linha da frente.

Os tanques T-55 e T-62 — que surgiram pela primeira vez em 1948 e 1961, respetivamente — tiveram de se adaptar às necessidades de guerra atuais de três diferentes maneiras.

“Apesar de a introdução de tanques mais velhos como o T-55 e T-62 ter sido troçada online, estes veículos estão a ser usados como suporte de fogo”, dizem os autores, que reforçam que os veículos ainda “apresentam uma ameaça séria no campo de batalha”.

Os tanques — que podem disparar a distâncias superiores a 1,5 quilómetros — deixaram de usar armamento para quebrar diretamente as fileiras ucranianas e são atualmente usados como apoio de artilharia, poder de fogo de longo alcance e ataques rápidos.

Os tanques já não são fiáveis do ponto de vista de artilharia, mas sendo menos vulneráveis, podem ser usados como suplementos em situações em que a defesa aérea é mais pobre.

Estes tanques também têm sido usados para ataques noturnos durante as rotações das tropas ucranianas. A missão dos tanques será, nestas situações, “aproximar-se rapidamente do alvo, disparar o maior número de munição possível num curto espaço de tempo e retirar”

A Rússia já perdeu mais de dois mil tanques desde o início da guerra, segundo o The Washington Post, mas tem vindo a adaptar a sua estratégia no campo dos veículos blindados.

“O uso de armamento por parte da Rússia evoluiu significativamente durante o conflito”, segundo o relatório do instituto londrino.

ZAP //

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