Despidos com medo dos vestidos nas zonas FKK: ou estás nu ou vais embora, diz cidade alemã

Conflitos em praias de naturistas perturbam Rostock, no Mar Báltico, que está a avaliar a imposição de regras mais rígidas para garantir a paz entre os banhistas.

Ou tira a roupa ou vai embora. É assim que a cidade alemã de Rostock, nas proximidades do Mar Báltico, pretende lidar com os banhistas das praias de nudistas que insistem em andar vestidos.

Cansadas dos conflitos relatados entre vestidos e despidos, as autoridades querem regras mais duras para garantir a paz nas zonas de FKK (sigla para o termo Freikörperkultur, a cultura do corpo livre, a versão alemã do naturismo), como Warnemünde e Markgrafenheide.

“A estadia nas praias de FKK é reservada exclusivamente a praticantes da cultura do corpo livre. Não é permitido banhar-se ou tomar banhos de sol com roupa vestida“, lê-se no texto discutido pelo Conselho de Cidadãos de Rostock nesta quarta-feira, segundo a DW.

Atualmente, a regra dita que estes espaços estão reservados exclusivamente a naturistas, mas não há qualquer menção explícita à nudez como critério obrigatório. Se a mudança na legislação for aprovada, abrangerá 37 partes de praia — 19 quilómetros da costa do Mar Báltico no estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental.

Moritz Naumann, do Escritório de Turismo de Rostock e Warnemünde, explicou à agência alemã de notícias DPA que a mudança permitiria aos guardas de praia intervir em caso de conflitos, e remover os que insistem em ficar vestidos nestes espaços.

A presença dos “outros” nestes ambientes anda a incomodar os naturistas, que também se queixam de ter sido fotografados ou filmados por estranhos (vestidos) sem consentimento.

A alteração dos estatutos inclui também requisitos de autorização mais rigorosos e proibições parciais de utilização de drones, bem como regulamentos para a prática de equitação na praia, explica o jornal alemão Der Spiegel.

ZAP //

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