Os homens precisam de fazer mais exercício físico do que as mulheres

Os benefícios do exercício físico diferem consoante o sexo? Um novo estudo sustenta que sim – e que os homens deviam começar a esforçar-se mais.

É cientificamente consensual: a prática regular de exercício físico traz saúde e reduz o risco de morte. Mas será que homens e mulheres precisam da mesma quantidade de exercício para serem saudáveis?

Um estudo publicado recentemente Journal of the American College of Cardiology respondeu a essa pergunta.

A principal conclusão desta investigação, que analisou dados de mais de 412.000 norte-americanos com idades compreendidas entre os 27 e os 61 anos, é que as mulheres colhem os benefícios do exercício muito mais facilmente do que os homens. Ou seja, os homens precisam de “correr” mais para serem igualmente saudáveis.

Esta tendência verificou-se para todas as durações de exercício. Quer isto dizer que as mulheres registam “consistentemente benefícios maiores” qualquer que seja a quantidade de exercício praticada.

As mulheres que praticavam atividade física aeróbica, por exemplo, apresentavam um risco de mortalidade cardiovascular 36% inferior, enquanto que para os homens activos, esta redução do risco era de cerca de 14% – detalha a Live Science.

O fortalecimento muscular produziu resultados semelhantes, com uma redução do risco cardiovascular de 30% para as mulheres e de 11% para os homens, em comparação com a linha de base.

“A beleza deste estudo é perceber que as mulheres podem tirar mais proveito de cada minuto de atividade do que os homens”, disse, em comunicado, a coautora do estudo Martha Gulati, que diretora de cardiologia preventiva do Smidt Heart Institute do Cedars-Sinai (EUA).

Os investigadores recolheram dados de atividade física dos participantes (55% mulheres e 45% homens) através da National Health Interview Survey (NHIS) – uma das maiores bases de dados de saúde nos EUA.

Os investigadores analisaram também o Índice Nacional de Mortalidade norte-americano para detetar mortes por qualquer causa, nomeadamente mortes relacionadas com doenças cardiovasculares.

Os resultados tiveram conclusões semelhantes de uma meta-análise a 33 estudos, de 2011, publicada na Circulation, que sugeria uma ligação mais forte entre o exercício e um menor risco de morte nas mulheres do que nos homens.

ZAP //

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