Operação Mercado Negro: 13 detidos por suspeitas de infiltrar droga em prisões. 2 são guardas

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Paulo Cunha / Lusa

Guardas (um deles da cadeia da PJ) terão sido pagos para infiltrar droga em prisões. Buscas decorreram esta quarta feira em 7 estabelecimentos prisionais.

Treze pessoas, duas das quais guardas prisionais, foram detidas hoje no âmbito de uma operação policial a estabelecimentos prisionais de Lisboa, Alcoentre, Sintra e Funchal por suspeitas de facilitarem a entrada de droga nas prisões, informou a PJ.

Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de estupefacientes, tráfico de substâncias e métodos proibidos, falsificação de documentos e branqueamento, adianta a Polícia Judiciária (PJ) em comunicado

A operação visou “um alegado projeto criminoso, praticado, entre outros, por guardas prisionais que facilitam a entrada de substâncias ilícitas nos estabelecimentos prisionais a troco de vantagem patrimonial”, refere a PJ.

No âmbito da operação “Mercado Negro”, desencadeada esta quarta feira de madrugada, foi dado cumprimento a 32 mandados de busca e apreensão, 14 domiciliárias e 18 não domiciliárias.

“A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais prestou toda a colaboração à investigação desenvolvida, designadamente, através da Direção dos Serviços de Segurança e do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP)”, segundo a PJ.

Contactada pela agência Lusa, fonte da DGRSP tinha confirmado à Lusa buscas a diversos estabelecimentos prisionais. De acordo com o jornal Expresso, foram 7 cadeias e um laboratório de anabolizantes (utilizado pelos cúmplices da rede criminosa) os alvos das buscas.

Segundo este semanário, os guardas detidos em consequência da operação “Mercado Negro” trabalham no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) e no Estabelecimento Prisional da Polícia Judiciária (EPPJ).

Sobre um deles, o do EPL, já recaíam suspeitas há algum tempo, narra o jornal, uma vez que “levava um estilo de vida muito acima do salário que recebia”.

A operação foi acompanhada por uma juíza de instrução, uma magistrada do Ministério Público e cerca de 200 inspetores e peritos da PJ. A PJ diz ainda que as investigações prosseguem.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Quando a Universiade Católica , diz que a Corrupção não interessa os Portugueses , parece-me fruto de uma “Sondagem” muito pouco Católica . Quando o mau exemplo vem decima , não é de admirar !

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