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ONG acusa regime de Assad de torturas bárbaras

Justin Norman / Flickr

Segundo a Syrian Network for Human Rights, durante a guerra civil na Síria morreram mais de 14 mil pessoas depois de terem sido torturadas nas prisões do Governo.

A Rede Síria para os Direitos Humanos (Syrian Network for Human Rights, SNHR) divulgou o seu mais recente relatório no qual identifica 72 métodos de tortura. Pendurar os prisioneiros ao teto antes de serem espancados, arrancar os olhos, água a ferver no abdómen e nas costas, bater com um bastão elétrico, abusar sexualmente, esmagar cabeças e pulverizar crianças com inseticidas são alguns dos exemplos descritos.

De acordo com a Visão, se o objetivo das tropas do regime liderado por Bashar al-Assad era garantir agonia antes da morte, o objetivo foi cumprido. De acordo com os números, pelo menos 14.298 pessoas morreram entre março de 2011 e setembro deste ano, como resultado da tortura no conflito da Síria. Além disso, 14.131 morreram nas prisões do Governo, incluindo 173 crianças e 45 mulheres.

O documento enfatiza que a tortura generalizada nos centros de detenção do regime sírio, assim como nos “hospitais” administrados por militares constitui um “crime de extermínio“.

O relatório aponta os grupos extremistas do Estado Islâmico mataram 57 pessoas por tortura, enquanto fações da oposição armada mataram mais 43. As Forças Democráticas da Síria (SDF) mataram 47, enquanto estavam sob custódia e outras 20 foram mortas por partidos que a organização não-governamental não conseguiu identificar.

O documento da SNHR aborda ainda o fenómeno da separação. Alguns detidos nas prisões do regime atingem um estado de delírio provocado pelas condições de detenção, tortura, humilhação, privação do sono, comida ou água. Como consequência, começam a delirar, podendo inclusivamente perder a memória.

Os detidos perdem geralmente o controlo das suas faculdades, tanto mentais como físicas, e entram em coma. De acordo com a revista, cerca de 8% dos detidos sucumbem à tortura.

ZAP //

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