A Organização Mundial de Saúde alerta para o aumento do número de casos de cólera, com especial incidência em África. Entre janeiro e abril, foram mais de 157 mil casos e a doença já fez 2.148 mortes. Angola é o quarto país com mais ocorrências.
A agência de saúde da ONU explica que o número de surtos e casos de cólera está a ter um aumento a nível mundial, particularmente em 26 países, com a África, seguida pelo leste do Mediterrâneo e o sudeste da Ásia como principais focos.
Os países com mais casos registados são o Sudão do Sul, Afeganistão e República Democrática do Congo. Angola aparece no quarto lugar, com um total de 15.844 casos.
A nação de língua portuguesa, onde a doença é responsável por pelo menos 9 mortes diárias desde o início do ano, passa por um momento muito complicado.
Só no mês passado, um total de 37 mil novos casos de cólera foram reportados à OMS, que, em casos extremos fizeram 561 vítimas em 18 países — um aumento de 5% comparado aos números recolhidos em março.
A Organização das Nações Unidas lembra que a quantidade de vacinas orais contra a cólera já está bastante abaixo do esperado. O stock, que deveria contar com pelo menos 5 milhões de vacinas em caso de emergência, atualmente já só conta com 3,6 milhões de doses.
Conflitos, catástrofes naturais e consequências da crise climática, são fatores que ajudam a explicar este aumento assustador no número de casos de cólera.
A OMS lembra que qualquer parceiro que possa ajudar é bem vindo — por exemplo, as equipas médicas portuguesas que foram até Angola para apoiar o Ministério da Saúde.
As autoridades angolanas montaram um centro para tratamento da Cólera com a finalidade de gerir melhor as infeções. A OMS também enviou equipas para apoiar ações de acesso a soluções de reposição de líquidos nas comunidades angolanas e melhorar a qualidade do tratamento.
A maior parte das infeções surgem em Luanda, capital do país, e das províncias de Bengo, Benguela e Cuanza Norte, com a Angola a reportar 6.201 novos casos e 164 mortes apenas no último mês.
Equipas de enfermeiros foram enviadas pela ONU para países como O Haiti, Quénia, Moçambique, Sudão e Sudão do Sul. Outra frente de combate são os programas de água, saneamento e higiene, conhecidos como “wash“, com o objetivo de evitar que a doença se espalhe.
No fim de abril, a OMS realizou uma conferência online em África sobre o tratamento descentralizado do cólera, na qual estiveram presentes mais de 150 representantes de Ministérios da Saúde africanos e organizações parceiras em países afetados e com alta taxa de risco.
Não mete judeus… o Guterres e amigos não estão muito preocupados. A elite nem está preocupada com o terror que os ucranianos vivem a mais de 3 anos.