Michael O’Leary, o excêntrico dono da Ryanair que queria criar lugares em pé nos aviões

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Circular na faixa bus, pagar para usar a casa de banho dos aviões, aplicações com pornografia e… viagens em pé. O CEO da Ryanair tem ideias tão bizarras que já foi chamado de “Michael O’Really?”.

O CEO da companhia de aviação mais usada a Europa, Michael O’Leary, é um excêntrico — para si, o tempo é dinheiro, e o lucro nunca é demais. Para o obter, inventa de tudo. O irlandês de 64 anos está na empresa desde a sua criação, nos anos 80, e é, claro, um milionário.

As suas engenhocas passam tanto pela vida privada, na qual não perde tempo — chegou mesmo a comprar uma licença para táxis para poder circular na faixa reservada a transportes públicos, sem apanhar trânsito, conta a Britannica — como pela empresa que lidera. Chegou a ser apelidado várias vezes de “Michael O’Really?” (“Michael, a sério?”) pelas suas ideias extravagantes.

Apesar dos lucros apresentados esta semana — 1,61 mil milhões de euros — este CEO não perde tempo para continuar a inovar e aumentar ainda mais as receitas. Se já considera os voos da Ryanair os mais low-cost (e desconfortáveis, para muitos), o que diria de lugares de pé, em que os passageiros não teriam cadeiras?

Bancos sempre-em-pé

Não é uma brincadeira, é mesmo uma ideia real já manifestada pelo próprio (ainda que negada pela própria empresa). Estes assentos seriam ainda mais low cost, e em 2012, segundo reporta o Daily Mail, O’Leary sugeriu que os seus Boeing 737 e 800 fossem equipados com 10 filas de bancos e 15 filas de assentos tradicionais.

O preço de cada viagem num desses assentos podia varia entre cerca de 1 e 6 euros. O objetivo? Aumentar a capacidade de passageiros de cada voo em 20%.

Para alegadamente reduzir o peso a bordo, na altura também se discutiram medidas controversas, como eliminar os apoios de braços dos assentos, reduzir os tamanhos das revistas de bordo ou até dos carrinhos usados pela tripulação para vender produtos.

1€ para usar a casa de banho

Se viaja na Ryanair, deve saber que ao longo de um voo curto, por vezes de aproximadamente 1 hora, são várias as vezes em que os comissários de bordo abordam os passageiros, seja para tentar vender refeições, um aperitivo, perfumes ou até raspadinhas. Uma lata pequena de um refrigerante custa quase 4 euros. Mas para Michael O’Leary não há limites aos lucros.

O CEO já demonstrou vontade de instalar máquinas de moedas à entrada das casas de banho dos aviões para que os passageiros tivessem que pagar cerca de 1 euro para usá-los, à semelhança de alguns lugares turísticos. No entanto, o dono da Ryanair vê-se impedido de o fazer devido às normas da União Europeia, que não o permitiriam.

Outra ideia que chegou a ter foi eliminar duas das três casas de banho existentes nos seus aviões para arranjar espaço para mais assentos. Uma verdadeira cabeça matemática.

Para quê dois pilotos?

E se o cockpit fosse reduzido para… metade? Um voo com direção a Sevilha esta semana viajou 10 minutos sem piloto, mas isso não assusta Michael O’Leary. Em 2010, disse à Bloomberg: “Porque é que todos os aviões têm dois pilotos? “Vamos tirar-lhe o segundo piloto. Deixe o raio do computador pilotá-lo”.

Mais uma ideia que contradiz as normas da aviação atual. Segundo o CEO, caso o piloto se sentisse mal, um membro da tripulação estaria treinado para assumir o controle do voo.

Pornografia nos aviões

Em 2011 O’Leary anunciou que a Ryanair estava a construir uma aplicação de bordo, acessível em smartphones e tables, que ofereceria conteúdos pagos, incluindo pornografia e jogos de sorte online.

“Não estou a falar de ter isso em ecrãs nas costas dos assentos para toda a gente ver”, disse na altura ao The Sun. “Seria em dispositivos portáteis. Os hotéis de todo o mundo têm-no, porque não havemos de o ter?”.

Taxa de gordura (sim, corporal)

Não é taxar os produtos gordurosos… o CEO da Ryanair quis mesmo taxar as pessoas obesas. “Uma ‘‘taxa de gordura’ aplicar-se-á apenas aos passageiros realmente grandes que invadem o espaço dos passageiros sentados ao seu lado”, explicou um porta-voz em 2009, citado pelo The Telegraph.

“Estas taxas, se forem introduzidas, também podem funcionar como um incentivo para alguns dos nossos passageiros muito grandes perderem um pouco de peso e, esperamos, sentirem-se um pouco mais leves e saudáveis”, explicara.

Ideia bizarra e controversa? Só para quem não conhece Michael O’Leary.

Carolina Bastos Pereira, ZAP //

1 Comment

  1. Esse idiota é um insano. Deveria colocar a mãe dele pendurada nas asas. Empresa de b0st@ cujo o dono tem jeito de parvalhão.

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