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Mendonça Mendes acredita que OE passa com apoio do Bloco (mas avisa que “não é uma feira de Natal”)

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Miguel A. Lopes / Lusa

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes

O Governo está confiante de que a versão final do Orçamento do Estado para 2021 irá passar com amplo apoio da esquerda, mas exige “sentido de responsabilidade” aos partidos.

António Mendonça Mendes, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, acredita que ainda é possível reverter o voto contra do Bloco de Esquerda na especialidade.

O governante lembrou ainda que o Governo contou com o apoio de todos os “parceiros de esuqerda”, com a exceção, que classifica como “surpreendente”, do Bloco de Esquerda. Ainda assim, disse em entrevista ao Público, “estamos convencidos que há muita margem e muito caminho para que em sede de especialidade se possa negociar e que o Orçamento do Estado possa passar com o mais amplo apoio possível à esquerda“.

Sobre as conta da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), que previu um impacto menor no défice das medidas do Governo em cerca de mil milhões de euros, o secretário de Estado sublinhou que “o Governo relaciona-se com os deputados, não se relaciona com a UTAO” e frisou que a prioridade é responder à pandemia de covid-19 a aos seus consequentes impactos.

Na especialidade, poder-se-ão “discutir alterações que reforcem o Serviço Nacional de Saúde, a proteção social, o apoio às empresas, [a] proteção de rendimentos”, disse.

“Não iremos regatear um único esforço de investimento no SNS para salvar vidas”, prometeu António Mendonça Mendes, deixando, contudo, um aviso ao Bloco de Esquerda: “Todos têm que ter a consciência que o OE não é uma feira de Natal“.

Confrontado pelo Público com a proposta do PCP de criar um 8.º escalão do IRS, Mendonça Mendes foi claro: “Nós não queremos aumentar impostos“.

O secretário de Estado disse que tal já existe “de forma transitória” e garantiu que o Governo vai “continuar a reforma dos escalões de IRS, designadamente no domínio da classe média, à qual ainda não tinha chegado o alívio de IRS”.

Em relação ao novo subsídio para os trabalhadores independentes, António Mendonça Mendes não sabe quando será pago nem como serão feitos os retroativos. O governante acrescentou, contudo, que só pediram o subsídio cerca de 10 mil pessoas e que esse número não é “significativo”.

ZAP //

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1 Comment

  1. Eu também sempre acreditei que no final de toda esta encenação teatral acabará o governo e a extrema-esquerda em mais uma calorosa lua-de-mel bem quentinha até que nova turbulência surja de novo.

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