Os ex-presidentes dos EUA Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton disseram que estão prontos para serem vacinados publicamente contra a covid-19, a fim de encorajar os seus concidadãos a fazer o mesmo.
Obama disse que “confia plenamente” nas autoridades de saúde, incluindo no imunologista Anthony Fauci, o conselheiro principal da Casa Branca no combate à pandemia, que entrou em rota de colisão com as posições do Presidente cessante, Donald Trump.
“Se Anthony Fauci me disser que esta vacina é segura e pode proteger-me contra a covid, não hesitarei em usá-la”, disse Obama numa entrevista à rádio SiriusXM.
“Prometo que, quando estiver disponível para pessoas menos vulneráveis, vou tomar a vacina. Poderei fazer isso perante câmaras de TV, para que as pessoas vejam que eu confio na ciência”, acrescentou o ex-Presidente democrata, de 59 anos.
Um representante de George W. Bush disse à CNN que este ex-Presidente republicano de 74 anos também estava disposto a promover as vacinas contra a covid-19.
“As vacinas devem primeiro ser consideradas seguras e administradas a populações prioritárias”, disse Freddy Ford, em nome de Bush, acrescentando que o ex-Presidente “vai esperar pela sua vez e ser vacinado de boa vontade na frente das câmaras”.
O porta-voz de Bill Clinton, Angel Urena, também disse à CNN que o ex-Presidente democrata, também de 74 anos, seria vacinado publicamente se isso ajudar os norte-americanos a seguirem o seu exemplo.
Um artigo publicado esta quinta-feira no jornal diário Washington Post desafiou o Presidente eleito, Joe Biden, de 78 anos, e a sua futura vice-Presidente, Kamala Harris, 56 anos, a serem vacinados perante câmaras de televisão, para convencer os mais céticos, que são muitos nos Estados Unidos, a usar vacinas contra a covid-19.
Estados Unidos com recorde de mais de 3.000 mortes
Os Estados Unidos registaram mais de 3.000 mortes com covid-19 num único dia, na quarta-feira, batendo todos os recordes desde o início da pandemia, segundo as autoridades sanitárias norte-americanas.
Se o aumento de casos diários se mantiver, os EUA enfrentam a possibilidade de registar todos os dias um número de mortos devido a covid-19 equivalente aos óbitos provocados pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
A base de dados da Universidade Johns Hopkins revela que 3.157 pessoas morreram com o novo coronavírus na quarta-feira, o que representa cerca de 1.000 mortes a mais do que os níveis de mortalidade alcançados na primeira vaga da pandemia, em maio.
Nada indica que os números de letalidade diminuam nos próximos dias, pelo que o país mais rico do mundo enfrenta a possibilidade devastadora de registar o equivalente a vários ataques de 11 de setembro, que fizeram 2.977 mortos, diariamente.
Os internamentos hospitalares por causa da pandemia também continuam a aumentar, com mais de 100 mil camas ocupadas, até quarta-feira, e quase 20 mil pacientes em unidades de cuidados intensivos.
Os Estados Unidos aproximam-se de 200.000 casos de infeções diárias, no dia de hoje, depois de adicionar mais de um milhão de infeções semanais ao longo de novembro, com as quais os Estados Unidos acumularam quase 14 milhões de casos de covid-19 desde o início da pandemia, mais do que qualquer outra nação do planeta.
ZAP // Lusa