Por mais que você trate das suas plantinhas, elas estão sempre a morrer? Se sim, provavelmente os culpados não são fungos ou mesmo bactérias, mas sim um “vilão” invisível sem o qual já não consegue viver: o Wi-Fi.
A descoberta foi feita por jovens estudantes do colégio Hjallerup, no norte da Jutlândia, na Dinamarca. Tudo começou quando algumas alunas do colégio suspeitaram de que os responsáveis pela dificuldade que estavam a ter em adormecer fossem os seus telemóveis, que ficavam perto das suas camas.
Como o colégio não possuía nenhum tipo de equipamento para testar o efeito das micro-ondas dos dispositivos electrónicos no cérebro, as jovens dinamarquesas, estudantes do 9º ano, resolveram fazer um teste bastante rudimentar para comprovar a sua teoria.
As jovens resolveram colocar dois grupos de plantas em duas estufas, durante 12 dias. Usaram uma plana conhecida: o agrião.
Numa das estufas as plantas foram colocadas juntamente com vários dispositivos electrónicos, que emitiam sinais wireless (um router wi-fi e telemóveis), e na outra as plantas foram totalmente protegidas da influência dos aparelhos.
O resultado? Na primeira estufa todas as sementes fracassaram em germinar, enquanto que no segundo caso, a reprodução aconteceu normalmente e o agrião cresceu de forma saudável.
Ambas as populações de plantas estavam expostas às mesmas condições de humidade, luminosidade e temperatura.
A experiência valeu às estudantes um prémio de “Jovens Investigadoras”, mas apesar do resultado se mostrar bastante interessante, o teste feito pelas jovens é amador e não pode ser considerado uma tese comprovada cientificamente.
A experiência chamou no entanto a atenção da comunidade científica internacional, nomeadamente de cientistas em Inglaterra, na Holanda e na Suécia, que irão agora repetir os testes em laboratório com metodologia científica.
Entre os cientistas que ficou impressionado com o estudo, encontra-se o professor Olle Johanson, do conceituado Karolinska Institutet de Estocolmo, na Suécia, que revelou que irá reproduzir o teste com a professora Marie-Claire Cammaert, investigadora da Universidade Livre de Bruxelas, na Bélgica.
Mas enquanto não surgem resultados da comunidade científica, que tal deixar de levar o seu telemóvel para o quarto?
Adriano Padilha, MA