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O SC Braga vai mapear os sentimentos dos adeptos com recurso a IA

SC Braga / Twitter

Vitinha, avançado do Sporting de Braga.

O SC Braga é a nova entidade a incorporar a Inteligência Artificial nas suas rotinas e vai ser capaz de captar as emoções dos adeptos minhotos e ler as suas reações durante os jogos. Tecnologia entra em ação já este sábado.

Em colaboração com a startup portuguesa PluggableAI, os arsenalistas desenvolveram uma aplicação denominada Fanmeter que será capaz de recolher dados sobre os movimentos dos adeptos, com recurso a sensores presentes nos smartphones, como o giroscópio e o acelerómetro, avança o Expresso.

Mais tarde, esses dados são analisados por modelos de Inteligência Artificial para criar “mapas de sentimento”, que permitem identificar os momentos do jogo que provocaram maior emoção na audiência.

A ideia é transformar esses dados em incentivos para os adeptos participarem mais ativamente no “show de bola” bracarense: o arsenalista que tiver mais amor à camisola e, consequentemente, obtenha melhores resultados, fica sujeito a ganhar prémios e experiências exclusivas, como assistir a um treino ou tomar o pequeno almoço com a equipa.

“Depois de descarregarem a app para os telemóveis, os adeptos terão de festejar cinco segundos da maneira que quiserem. Quem tiver o melhor festejo ganha um prémio”, descreve Bruno Fernandes, diretor executivo da startup PluggableAI, ao semanário.

O clube irá disponibilizar aos adeptos a aplicação para download através de um QR code e a fase de testes irá ter início durante o jogo de sábado entre o Braga e os franceses do Nice. Os adeptos serão incentivados a celebrar durante o jogo — e o melhor a festejar será premiado.

“Pode haver algum adepto que force os movimentos ao longo da partida para chegar ao topo da pontuação e ganhar um prémio, mas como acompanhamos o jogo, torna-se possível detetar estes casos de falsos positivos ou outras anomalias relacionadas com festejos que não fazem sentido”, sublinha Fernandes.

Tecnologia não invade privacidades

Relativamente a questões de privacidade que se erguem com a introdução da ferramenta de monitorização, a empresa responsável garante que a tecnologia é não invasiva e que apenas recolhe dados dos adeptos que forneceram o seu consentimento explícito.

Além disso, destaca que a aplicação é projetada para ser usada em eventos desportivos e culturais, e não como uma ferramenta de monitorização de multidões pelas autoridades.

O projeto faz parte de uma iniciativa de inovação do Sporting de Braga que selecionou 12 startups para testar tecnologias na área do desporto e da gestão desportiva.

O projeto inovador — que constitui uma das primeiras aplicações da Inteligência Artificial no desporto rei — conta com o apoio da Startup Braga, Universidade do Minho, Microsoft e Global Sports Innovation Center.

ZAP //

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