A pequena Ziv estava rodeada de 7 mil pedras, mas “apanhou uma”: era um amuleto cananeu com quase 4 mil anos.
Enquanto passeava com a família em Tel Azekah, uma menina de 3 anos tropeçou num amuleto de escaravelho com 3.800 anos.
No local arqueológico, com raízes que remontam à Idade do Bronze, a pequena Ziv Nitzan viu 7 mil pedras, mas “apanhou uma”, disse Omer Nitzan, a irmã mais velha: “depois limpou a areia e viu que havia algo de diferente nela”. A família rapidamente contactou imediatamente a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), que confirmou o significado histórico do objeto.
Mais tarde, peritos identificaram o artefacto como um escaravelho cananeu da Idade do Bronze Média. Os escaravelhos, tipicamente moldados para se assemelharem a escaravelhos de estrume, eram muito usados nos tempos antigos como selos e amuletos. Acreditava-se que tinham um significado religioso ou cultural e eram frequentemente encontrados em sepulturas, casas e edifícios públicos na antiga região cananeia — uma área que hoje inclui partes de Israel, os territórios palestinianos, o Líbano, a Síria e a Jordânia.
O desenho dos escaravelhos é influenciado pelas antigas crenças egípcias. Os egípcios consideravam os escaravelhos de estrume (Scarabaeus sacer) sagrados. Associavam-nos ao deus Sol e ao processo de criação, devido ao hábito dos escaravelhos de rolarem bolas de estrume — um movimento que associavam ao movimento do Sol no céu.
A descoberta também aponta para os fortes laços culturais e comerciais entre Canaã e o Egito durante a Idade do Bronze Média e Final, nota o Live Science.