O Reino Unido está a preparar-se para um ataque direto da Rússia

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Vadim Savitsky / Wikipedia

Caças Sukhoi Su-34 da Força Aérea da Rússia

A Grã-Bretanha está secretamente a preparar-se para um ataque militar direto da Rússia, devido a receios de que o país não esteja pronto para uma guerra. O plano inclui cenários em que o país é atingido por mísseis convencionais, ogivas nucleares ou operações cibernéticas.

Segundo o The Telegraph, após ameaças recentes de um ataque nuclear russo, foi pedido aos funcionários governamentais britânicos que atualizem planos de contingência com mais de 20 anos — de modo a que o país esteja colocado em prontidão de guerra.

Para esse efeito, deverá ser elaborado um dossier confidencial para estabelecer a  como o Governo britânico deveria responder a uma declaração de guerra, incluindo bunkers para proteger o Gabinete e a família Real, serviços públicos de telecomunicações e armazenamento de recursos.

O Governo britânico receia que a Grã-Bretanha não só seria superada pela Rússia e seus aliados no campo de batalha, como também estaria mal preparada e mal defendida internamente.

Segundo recorda o jornal britânico, funcionários do Kremlin ameaçaram repetidamente o Reino Unido com um ataque direto devido ao seu apoio à Ucrânia, que poderá em breve incluir tropas britânicas no terreno.

Especialistas alertaram que o país está vulnerável a um ataque à sua infraestrutura nacional crítica, incluindo terminais de gás, cabos submarinos, centrais nucleares e centros de transporte.

O Telegraph sabe que a atualização do “plano de defesa da pátria” classificado irá estabelecer uma estratégia para os dias imediatamente após um ataque ao território britânico por um estado estrangeiro hostil.

O plano incluirá cenários em que o país é atingido por mísseis convencionais, ogivas nucleares ou operações cibernéticas, que quando a última atualização significativa do plano foi feita, antes de 2005, eram uma ameaça limitada.

O plano, elaborado pela Direção de Resiliência do Governo, irá orientar o Primeiro-Ministro e o Gabinete sobre como gerir um governo em tempo de guerra e quando devem procurar abrigo no bunker de Downing Street ou fora de Londres.

Espera-se também que as estratégias de guerra para as redes ferroviárias e rodoviárias, tribunais, sistema postal e linhas telefónicas sejam também aborddas no plano.

É improvável que o documento seja divulgado ao público durante as próximas décadas — se é que alguma vez o será.

No mês passado, um alto funcionário da da Força Aérea Britânica revelou que, se a primeira noite do conflito na Ucrânia tivesse ocorrido no Reino Unido, os mísseis russos teriam ultrapassado as defesas britânicas e destruído alvos de infraestrutura.

A Rússia, a China e o Irão afirmam ter desenvolvido mísseis hipersónicos que podem viajar até 10 vezes a velocidade do som e evadir defesas mais facilmente do que um míssil balístico convencional.

Os funcionários britânicos estão especialmente preocupados com os terminais de gás e as cinco centrais nucleares ativas do país, que poderiam libertar material radioativo por todo o país e causar “impactos significativos prolongados a longo prazo na segurança, saúde, ambiente e economia” se fossem atingidas.

O Governo britânico avaliou também a probabilidade e os efeitos do eventual ataque de um míssil nuclear ao Reino Unido, mas as conclusões oficiais dessa análise permanecem classificadas.

O novo plano de contingência abordará, pela primeira vez, a guerra cibernética – que os chefes de espionagem britânicos consideram ser agora uma das ameaças mais perigosas que o Reino Unido enfrenta.

O diretor do MI5, Ken McCallum, disse em outubro que o número de ameaças cibernéticas estatais investigadas pela agência aumentou 48% num ano, e que a Rússia intensificou os seus ataques cibernéticos devido à guerra na Ucrânia.

ZAP //

4 Comments

  1. Vamos anunciar que nos estamos a preparar secretamente… nem conheço as medias secretas de Portugal em caso de ataque. Sei que contra apagões é nula e tempo de resposta completamente da idade da pedra.

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  2. O apoio à Ucrânia, que poderá em breve incluir tropas britânicas no terreno. é só um “apoio”. Se os russos tomarem medidas proporcionais, é um “ataque”.

  3. Ó rapazinho aí do lápis vermelho do aeiau.. O teu trabalho está desfasado 50 anos meu filho. Fica-te mal essa mania de ficar riscando comentários que não têm a tua cor politica. Ou talvez queiras escarrapacha aqui quais são os teus critérios de avaliaçao, para a gente se comportar obedientemente de acordo com o que tua achas aceitável.

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