Já sabemos o que aconteceu a Nan Madol, a oitava maravilha do mundo

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Albert Yu-Min Lin

Nan Madol, conhecida também como a “Veneza do Pacífco”.

Nan Madol, outrora um movimentado centro de poder na Micronésia, foi a capital da dinastia Saudeleur há mais de mil anos. Agora, investigadores esclareceram a forma como esta sociedade se desmoronou.

No século X, os governantes Saudeleur estabeleceram Nan Madol como a capital da ilha de Pohnpei, construindo um complexo de ilhotas artificiais, canais e arquitetura monumental. Esta arquitetura levou a cidade agora a ser conhecida como a “Veneza do Pacífico” ou ainda a “oitava maravilha do mundo”.

No seu auge, Nan Madol era uma cidade próspera, mas no século XV, a construção foi interrompida e o local foi rapidamente abandonado. Afinal, o que é que levou ao colapso de uma sociedade tão poderosa?

De acordo com um novo estudo, publicado esta semana na revista PNAS Nexus, as alterações climáticas podem ter desempenhado um papel crucial.

A Pequena Idade do Gelo, que começou por volta do século XIV, trouxe condições mais frias e secas para a região do Pacífico. À medida que o nível do mar descia e os padrões climáticos se alteravam, os recursos da ilha foram-se esgotando. As colheitas falharam, as tempestades aumentaram e o abastecimento alimentar tornou-se pouco fiável.

Os investigadores também relacionaram o colapso da cidade com o El Niño-Oscilação do Sul, um fenómeno climático que provoca padrões meteorológicos imprevisíveis, incluindo secas e inundações extremas.

De acordo com o IFLScience, os habitantes de Nan Madol viram-se presos num ciclo de constantes reparações da cidade, tentando protegê-la destas catástrofes naturais. Com o passar do tempo, os esforços contínuos para preservar a cidade tornaram-se demasiado difíceis de suportar e a sociedade deixou de se conseguir sustentar.

Nan Madol foi construída no topo de uma lagoa e é formada por várias secções e separada por canais. É protegida do mar por 12 paredões com mais de 7 metros de altura e cerca de 5 metros de espessura.

A ilha foi durante algum tempo considerada como um vestígio da Lemuria, o lendário continente perdido de Mu, que se situaria algures entre o Índico e o Pacífico, mas essa teoria foi entretanto inviabilizada pelo estudo da tectónica de placas.

ZAP //

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4 Comments

  1. Eh…uma dinastia que nunca existiu e datas que não fazem sentido nenhum, agredeço que leiam com atenção o que traduzem de artigos estrangeiros que não têm credibilidade nenhuma. Que é pra depois não aparecer malta a dizer k a terra é plana. Tanto pela datação como o local como pela arquitectura da pra perceber a qualquer leigo que “provavelmente” seria 1 das centenas de fortes que os portugueses ou espanhóis ou holandeses construíram na zona mas é mais fácil inventar. Malditos europeus brancos pá

    • E talvez informar-se melhor antes de deitar teorias sem fundamento? A datação por carbono das construções datam de uma altura muito anterior à da chegada dos europeus naquela zona do mundo.

    • Paulo, os portugueses não tiveram nada a ver com Nan Madol, que já existia antes de os tugs se espalharem pelo Mundo. E a dinastia que diz que nunca existiu existiu mesmo. Informe-se melhor antes de dizer patacoadas. Consulte por exemplo a Enciclopédia Britânica ou a Wikipedia…

  2. Não é possível datar por radiocarbono pedras. Posto isto: as construções nada têm a ver com outras fortalezas em parte alguma do mundo. Por isso está excluída a hipótese de terem sido construídas pelas potências marítimas da época. Pode ser possível que quando lá chegaram tenham encontrado a cidade abandonada e estabeleceram-se lá , aproveitando as construções que já existiam.

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