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O mau tempo não gosta de estádios (e os mortos levaram por tabela)

Lusitânia/Facebook

Muro do Estádio do Lusitânia de lourosa caiu sobre 30 campas do cemitério que fica ao lado do campo.

A passagem da depressão Martinho por Portugal levou árvores, postes, sinais de trânsito pela frente, mas as rajadas, acima dos 100 km/h, não deixaram de afetar o futebol de norte a sul do país, deixando um rasto de destruição em vários estádios.

Em Vila do Conde, o Estádio dos Arcos do Rio Ave viu partes da sua cobertura serem arrancadas pelo vento, com os destroços a espalharem-se pelas imediações.

As rajadas “destruíram grande parte da cobertura da bancada central do Estádio, com danos extensíveis ao piso de hospitalidade”, escreveu o clube.

É mais uma dor de cabeça para os vilacondenses, que desde o final de 2020 só contam com uma bancada, já que a outra, do lado nascente, foi demolida por problemas estruturais.

Lusitânia de Lourosa

Em Lourosa, Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, até o descanso dos mortos foi perturbado, com o muro do Estádio do Lusitânia a cair sobre 30 campas do cemitério contíguo.

“Deste sábado a oito o estádio recebe o Belenenses e o clube precisa de ter tudo pronto nessa altura. As campas são uma questão mais delicada porque envolvem muita gente, tem tudo que ser orçamentado antes e ainda estamos a identificar os familiares [dos sepultados]”, explicou o presidente da Junta de Lourosa à Lusa.

“Isto mexe muito com as emoções das pessoas, sobretudo com as dos mais idosos, e temos que ter muito cuidado a acompanhá-las neste momento”, adianta Armando Teixeira.

Macieirense

Perto do desastre do cemitério, em Macieira de Sarnes, o campo do Viso viu a bancada central ser destruída pelo temporal.

“O alicerce da própria estrutura levantou todo. Vamos ter que reconstruir a parte de construção civil”, disse Filipe Marques, presidente do FC Macieirense, ao Correio de Azeméis.

“Vamos ter que vedar o espaço e perceber se podemos fazer jogos cá em casa, se não conseguirmos isso vai afetar-nos gravemente. Ainda estamos a tentar perceber junto de empresas se é possível remover toda a estrutura que está danificada” e que tinha 20 anos, segundo o responsável.

Sourense

O GD Sourense, de Coimbra, também foi afetado. O Campo Dr. António Coelho Rodrigues sofreu danos especialmente na bancada e na sua cobertura.

O estádio sofreu prejuízos estimados em mais de 200 mil euros.

“Existem coisas que ninguém pode controlar. O azar bateu-nos à porta. Nós, Direção, trabalhamos e dedicamo-nos muito com poucos recursos, e depois estas situações aparecem é muito triste ver o nosso campo nestas condições”, escreve a direção nas redes sociais.

Nogueirense

Também em Coimbra, neste caso em Oliveira do Hospital, o Estádio de Santo António, em Nogueira do Cravo, utilizado pelo Nogueirense, ficou altamente danificado, com a cobertura da estrutura da cobertura da bancada a levantar e a fazer estragos em cinco automóveis.

Todas as atividades desportivas foram suspensas.

Belenenses

Em Lisboa, o Estádio do Restelo, casa do Belenenses, sofreu danos não estruturais, com problemas visíveis na cobertura e a queda de árvores no recinto.

Moncarapachense

No sul do país, o Estádio Dr. António João Eusébio, do algarvio Moncarapachense, não escapou à força da tempestade, com danos na vedação e nos painéis publicitários atrás de uma das balizas, bem como no telhado da cozinha comum dos dormitórios dos jogadores.

ZAP //

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