A nossa saúde e bem-estar dependem da nossa alimentação. Esta ideia surge novamente reiterada num estudo recente que prova que o óleo de girassol pode afetar de forma negativa o nosso fígado, em caso de consumo prolongado.
Uma equipa internacional de investigadores, liderada por cientistas da Universidade de Granada, em Espanha, descobriu que o óleo de girassol ou o óleo de peixe afeta de forma negativa o fígado, em caso de consumo prolongado.
De acordo com a RT, o consumo destas substâncias gordurosas pode causar esteatohepatite não alcoólica (EHNA), uma inflamação no fígado provocada pela acumulação de gordura neste órgão, não causada pelo consumo de álcool. Esta condição aumenta, por sua vez, o risco de sofrer cirrose hepática ou cancro do fígado.
A prevalência da esteatohepatite não alcoólica aumenta conforme a idade: afeta 1% a 3% das crianças, 5% dos adolescentes, 18% das pessoas com idades compreendidas entre 20 e 40 anos e mais de 40% nos maiores de 70 anos.
O estudo, que será publicado na próxima edição do The Journal of Nutritional Biochemistry, analisou como é que um tipo de gordura – azeite virgem, óleo de girassol ou óleo de peixe – afeta a saúde do fígado de ratos de laboratório, ao longo da sua vida. A equipa concluiu que, dos três óleos estudados, o que melhor protegeu o fígado dos animais foi o azeite virgem.
No que diz respeito ao óleo de girassol, este demonstrou efeitos nefastos para o fígado, como um elevado grau de oxidação ou fibrose. Já o óleo de peixe altera a longevidade dos telómeros e, assim como o de girassol, intensifica a oxidação.
O autor principal do estudo, José Luís Quiles Morales, afirmou que esta investigação provou que diferentes tipos de óleos podem ser o motivo pelo qual “uns fígados são mais saudáveis do que outros, mais propensos a sofrer certas patologias”, sustentando a ideia de que a nossa saúde depende invariavelmente da nossa alimentação.
ZAP // UGR