O “ás de trunfo” Manuel Monteiro recusa ser candidato a deputado pelo CDS

Depois de o líder do CDS ter manifestado o seu desejo de ver Manuel Monteiro como candidato a deputado, o ex-presidente centrista recusou o convite.

O líder do CDS disse, esta terça-feira, que Manuel Monteiro é “um expoente máximo da representação” do partido e “é natural que haja vontade da direção do partido em contar com Manuel Monteiro, que seria um ás, um trunfo, para o CDS ter um bom resultado”.

No entanto, o antigo presidente do partido recusou o convite de Francisco Rodrigues dos Santos para integrar as listas do partido nas eleições de 30 de janeiro.

“Foi um convite muito honroso, que me prestigia imenso, mas creio que posso dar um contributo maior ao CDS, disponibilizando-me para a campanha eleitoral onde o CDS-PP assim o entender e não ficar confinado numa candidatura”, disse Manuel Monteiro à CNN Portugal.

O antigo líder democrata-cristão entendeu que não estavam reunidas as condições de mobilização e união do partido para avançar com a sua candidatura a deputado.

Manuel Monteiro voltou a ser militante do CDS há pouco menos de dois anos e, embora admitisse ter recebido várias mensagens de apoio para concorrer ao Parlamento, argumenta que não voltou ao partido para ser deputado.

O centrista explicou que tal implicaria alterações na sua vida pessoal e profissional — algo que não lhe agrada.

“Essa alteração da minha vida não faria muito sentido se não existisse essa mobilização global. Não voltei ao CDS para ser uma figura de cargos. Voltei ao CDS para ser militante de base e é isso que quero fazer. Penso que posso contribuir para essa união não sendo candidato”, disse o militante.

Segundo o Observador, Manuel Monteiro queria ainda que figuras como Nuno Melo e Cecília Meireles fossem repescadas e fizessem parte da solução.

Manuel Monteiro sublinhou ainda que Francisco Rodrigues dos Santos “deveria ter marcado um congresso” e “um encontro com os ex-líderes” — algo que não fez. “Independentemente desses erros, no dia 30 todos temos de dizer ‘presente'”, acrescentou.

Daniel Costa, ZAP //

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