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Presidente de Moçambique quebrou o silêncio. Ataque a Palma “não foi maior do que tantos outros”

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O Presidente moçambicano disse, esta quarta-feira, que o ataque a Palma “não foi maior do que tantos outros” protagonizados pelos grupos armados que atuam em Cabo Delgado, assegurando que segue “segundo a segundo” as operações no terreno.

“Sabem todos que no dia 24, há uma semana, houve um ataque, desta vez em Palma. Não foi maior do que tantos outros que tivemos”, afirmou Filipe Nyusi, tendo sido a primeira vez que o chefe de Estado falou sobre o assunto.

O chefe de Estado moçambicano acrescentou que o “impacto” do ataque a Palma deve-se ao facto de “ter sido uma zona na periferia dos projetos em curso naquela província”.

Recorde-se que a vila de Palma se situa a cerca de 25 quilómetros da área em que se desenvolve o projeto de gás natural do consórcio liderado pela multinacional Total.

“O nosso apelo é simples, não percamos o foco, não fiquemos atrapalhados, vamos abordar o inimigo como temos estado a fazer, com alguma contundência, como as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão a fazer”, destacou Nyusi, acrescentando que a falta de concentração serve “os interesses dos inimigos internos e externos”.

“Temos estado, de segundo a segundo, a seguir o trabalho que os jovens [das Forças de Defesa e Segurança] no terreno estão a fazer”, enfatizou ainda.

Nyusi falou depois de 18 organizações da sociedade civil moçambicana terem publicado uma carta aberta na qual exigem que o Presidente acione pedidos de ajuda internacional, defendendo que a situação chegou a “proporções inaceitáveis”.

Entretanto, a Comissão Política da Frelimo, partido no poder, assegurou que as FDS “tudo têm feito para garantir a segurança e o sossego das populações” na região norte.

Esta semana, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português anunciou o envio de cerca de 60 militares para reforçar a ajuda na formação das forças especiais moçambicanas, no âmbito do reforço da cooperação técnico-militar entre os dois países que já tinha sido anunciado pelo ministro da Defesa em fevereiro.

Questionado na RTP se o Governo equacionava uma cooperação mais robusta em Cabo Delgado, o ministro Augusto Santos Silva lembrou que o Presidente moçambicano foi “absolutamente claro” quando disse que “são os soldados moçambicanos que têm de defender a terra moçambicana”.

Em declarações ao semanário Expresso, Sérgio Sousa Pinto, presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros, declarou que “o auxílio está fortemente condicionado pelas autoridades de Moçambique, que têm sido muito pouco entusiastas de um envolvimento mais robusto de forças externas ao país, incluindo de Portugal”.

A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, é desde há cerca de três anos alvo de ataques terroristas. O último, em Palma, provocou a morte de dezenas de civis.

A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados, segundo agências da Organização das Nações Unidas (ONU), e mais de duas mil mortes, segundo uma contabilidade feita pela agência Lusa.

ZAP // Lusa

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5 Comments

  1. Porque é que este Senhor não vai para lá em vez de ditar um choradilho de asneiras.
    Como é possível existir alguém com esta insensibilidade. Talvez na Coreia do Norte.

    • Você parece não ter lido a notícia. Quem não quer ajuda internacional é o governante basófias moçambicano! Provavelmente tem interesses em continuar a miséria no seu país… Tristeza! Que a corrupção acabe para que os seus habitantes poderem ter melhor nível de vida!

  2. Era preciso uma ação consertada de meios nacionais e internacionais para remover os terroristas de Moçambique, mas este “presidente” não parece ter muito interesse nisso, em resolver os problemas do país. Provavelmente é parte dos problemas e não da solução.. tristeza.

  3. Como se está bem instalado em Maputo, preocupar-se com a desgraça que se passa a norte para quê? Já quando foi da sua vez de fazer terrorismo certamente este senhor não andou na mata a lutar, pois, deveria estar bem instalado em Moscovo ou coisa parecida servindo de porta-voz entre os comunas russos e os lorpas por eles comandados na mata. Pobres moçambicanos sempre traídos pelos mesmos!

  4. As fronteiras de Mocambique a muito anos que foram abandonadas e povo fica a sua sorte. Li noticias a 20 anos atras de problemas sucessivos nas fronteiras, em que povos andam de um lado para outro sem controlo, fojem de revoltas e jogos de interesse…com descoberta da reserva do gas e minerios aquela area ficou mais cobicada. No entantp queria eu lembrar que paises visinhos nao impera ordem porque questoes religiosas e que impoem regras….a muita propaganda da espansao religiosa islamica…. e tentativas de impor suas regras… consertesa que sistema mocambicano tem elementos no sistema politico fazendo hobby. Tambem ja estao em portugal, mancinhamente ja teem ai, mas muitos achas que nao….e do mesmo….
    Voltando a Mocambique, muita gente tem alertado o governo para problemas graves nas fronteiras, ora povo foje para lado de la ora foje para lado de mocambique, esta movimentacao leva a que existem varios povos e varias lingua faladas sem apoio, estudo ou entendimento ou controle…parece me que governos sabem de um lado ou de outro da problematica mas ignoram ou fazem de conta que sao bons visinhos e nao querem controlar ou impor limites…e o deixa andar e logo se ve….e nestas andancas mocambique tem perdido territorio, lentamente mas tem…muito mais nos ultimos anos com descobertas de minerios… Pesoalemente acho que sistema politicos deles ja esta corroido por dentro e nos aqui procupados e eles nem reagem porque?? se eles nao defendem a sua territorio, as suas riquezas naturais, a quem interessera mais??
    So queria saber o papel e interesses e poderes da CPLP, concerteza que paises deveria reunir-se e declarar ajuda ou nao… papel desta organizacao aqui neste facto esta falhando a grande…nem falam a uma so voz de ajuda humanitaria e ou militar nem que fosse so para lembrar que existem… se acobardem se entao andam a enganarem alguem….

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