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Nuno Melo usa SIRESP para atacar “património do calote” do Governo

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José Sena Goulão / Lusa

Nuno Melo, cabeça de lista do CDS às Europeias 2019

O cabeça de lista do CDS às europeias atacou este domingo PS e Governo, afirmando que, ao contrário do que reclamam, os socialistas não têm o “património das contas certas”, mas sim o “património do calote”.

Nuno Melo utilizou a expressão num almoço com militantes e simpatizantes em Meda, distrito da Guarda, e citou a notícia da ameaça da Altice de cortar o SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal), sistema de redes de comunicação de emergência e segurança usado, por exemplo, em incêndios, devido ao uma dívida de 11 milhões de euros, noticiada há dois dias.

Além desse, os socialistas têm “o património das intervenções do FMI, já lá vão três”, reclamando para a direita “o património das contas certas”.

E depois citou o caso do SIRESP, a dívida e disse ter, PS e Governo, o “património do calote”. “Pede-se, contrata-se e não se paga”, afirmou o eurodeputado e de novo primeiro na lista, apontando aos socialistas.

Nuno Melo ironizou ainda que “o verdadeiro cabeça-de-lista do PS às europeias é António Costa”, remetendo Pedro Marques para um papel “formal” e lembrou que há, no atual Governo, pelo menos cinco governantes do tempo de José Sócrates, que os centristas têm acusado de levar o país à bancarrota, em 2011.

Também o cabeça de lista do PSD, Paulo Rangel, como o seu líder, Rio Rio, têm apontado António Costa como verdadeiro adversário, um vez que Pedro Marques “foge às ruas”.

Aos simpatizantes, o eurodeputado afirmou que o CDS “é a única escolha de quem é de direita”, da “direita democrática”, lembrou que o PSD se tem reclamado do centro, o seu líder, Rui Rio, do “centro-esquerda” e já fez três acordos com o PS.

Rui Rio, afirmou ainda Nuno Melo, já “assumiu que em situações excecionais aceitaria viabilizar um governo”, “trocam elogios”, PS e PSD. “A isso, chama-se Bloco Central”.

Daí apresentar o CDS como um partido com uma postura clara, por não apoiar os socialistas, disse. “A este PS só fazemos oposição, com contrário do que pode acontecer com o PSD”, acrescentou o candidato centrista.

“Má cara de Pedro Marques”

Também a presidente do CDS, Assunção Cristas, aproveitou o arranque da campanha eleitoral para as europeias, para apontar baterias ao socialista Pedro Marques.

Assunção Cristas atacoPedro Marques, qualificando-o como a “má cara do candidato do PS” às europeias e do “desinvestimento, da má execução dos fundos”. A presidente do CDS-PP, num almoço de campanha para as eleições europeias deste mês em Meda (Guarda), respondia às críticas feitas por António Costa aos “candidatos engraçadinhos” da direita.

Um dia após ouvir o líder do PS atacar PSD e CDS por apresentarem “candidatos que são muito engraçadinhos para debates de televisão”, Assunção Cristas aproveitou para responder num discurso perante duas centenas de apoiantes.

“Só posso esboçar um sorriso porque António Costa tem um cabeça de lista que é a cara do desinvestimento, a cara da má execução dos fundos, que é cara lamentável de uma governação perdida para o desenvolvimento nosso pais, do mundo rural e do Interior. É essa a má cara do candidato PS”, afirmou Cristas.

Assunção Cristas elogiou os atributos do candidato e afirmou que o CDS “tem uma cara engraçada”, em contraste com a dos adversários socialistas: “[Nuno Melo] é a cara da voz de Portugal na Europa e dos interesses portugueses na Europa.”

ZAP // Lusa

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