Nuno Melo, eurodeputado do CDS-PP e líder da distrital de Braga, candidata-se à presidência do partido “por um imperativo de consciência” e para que o CDS volte a ser “um espaço de onde não se quer sair”.
Numa declaração à Lusa, no dia em que vai apresentar, pelas 15:00, no Porto, a sua candidatura a presidente do CDS-PP, Nuno Melo defendeu que “é tempo de unir e de construir” e que “o CDS tem de voltar a ser um espaço para onde se quer ir e de onde não se quer sair”.
“Colocar-me à disposição do partido pelo qual lutei sempre e que me deu tanto, num dos momentos mais difíceis da sua existência, é para mim neste momento uma obrigação e um imperativo de consciência”, disse, considerando que o CDS “faz falta a Portugal”.
O eurodeputado anunciou na passada quinta-feira que vai disputar a liderança do CDS-PP, atualmente presidido por Francisco Rodrigues dos Santos, no próximo congresso partidário, que a direção atual propõe que se realize no final de novembro.
Já em julho, Nuno Melo, que lidera agora a distrital de Braga, indicou que apresentaria uma Moção de Estratégia Global na próxima reunião magna do partido.
No domingo, realiza-se, por videoconferência, o Conselho Nacional do partido, que vai marcar a data do Congresso.
Vários conselheiros nacionais críticos da direção, entre os quais os ex-deputados Pedro Mota Soares, Nuno Magalhães e João Gonçalves Pereira, já se pronunciaram contra a antecipação do 24.º congresso – que a realizar-se no calendário previsto decorreria em janeiro ou fevereiro.
Nuno Melo, nascido a 18 de março de 1966, destacou-se enquanto deputado do CDS/PP (Centro Democrático Social/Partido Popular), tendo chegado a vice-presidente da Assembleia da República em maio de 2007.
Nuno Melo, 55 anos, advogado de profissão, é atualmente deputado ao Parlamento Europeu, para o qual foi eleito pela primeira vez em 2009. Foi eleito à Assembleia da República nas eleições de 1999, 2002 e 2005, pelo círculo de Braga.
Foi vice-presidente da bancada entre 2004 e 2006, e integrou a direção dos ex-líderes centristas Paulo Portas e Assunção Cristas.
// Lusa