Nunca os portugueses descontaram tanto. Há um novo recorde à vista

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Nunca os trabalhadores portugueses descontaram tanto para a Segurança Social como em 2022. E há um novo recorde à vista já este ano.

Em conjunto, nunca os trabalhadores portugueses descontaram tanto para a Segurança Social como no ano passado, de acordo com os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pelo Observador. Foram 22.527 milhões de euros descontados em 2022 — mais 2,2 mil milhões, ou 11,3%, do que no anterior.

Segundo o jornal online, é o maior aumento desde o início da série histórica, que tem início em 1995. Em termos percentuais, é também o maior aumento desde 1998.

Os maiores aumentos nas contribuições para a Segurança Social, em 1997 e 1998, podem ser explicados por alterações ao regime contributivo dos trabalhadores independentes. Este fez com que as tuas taxas contributivas aumentassem progressivamente.

Depois de no ano passado os trabalhadores portugueses terem contribuído com mais de 22 mil milhões de euros para a Segurança Social, em 2023, espera-se um novo recorde. O Governo estima que sejam descontados 23.632 milhões de euros neste ano.

Entre 2015 e 2023, a receita das contribuições sociais aumentou 68%. O crescimento da população ativa e do emprego declarado, assim como dos salários, ajuda a explicar esta subida. O aumento dos salários contribuiu mais para o crescimento contribuições do que o número de empregados, explicado em parte pela inflação.

“A evolução da receita das contribuições para a Segurança Social reflete a retoma da atividade económica e, por conseguinte, o aumento salarial, nomeadamente via atualização da Remuneração Mínima Mensal Garantida”, explica o economista Jorge Bravo, em declarações ao Observador.

Além disso, o fecho da Caixa Geral de Aposentações (CGA) e a respetiva passagem dos novos funcionários públicos para a Segurança Social também ajuda a explicar este fenómeno.

As estimativas de Jorge Bravo é que, em 2022, estivessem a entrar para a Segurança Social “qualquer coisa entre 3,2 mil milhões e 3,3 mil milhões de euros por ano” em contribuições só de funcionários públicos que estão na Segurança Social.

“É uma fatia muito significativa. No conjunto das contribuições globais, estamos a falar de quase 14,5%. Ou seja, quase 15% do total das contribuições são já deste coletivo que não existia”, explica o professor da Nova IMS.

A remuneração média da função pública tende a ser maior do que no privado, o que também ajuda a explicar o maior volume das contribuições.

Paralelamente, o aumento de 7,8% do salário explica, em parte, o avanço das remunerações declaradas e, por consequência, das contribuições sociais.

ZAP //

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3 Comments

  1. Enquanto este governo não perceber que o problema está nos gastos, continuaram a ir ao mais fácil que é aumentar impostos a quem trabalha. De qualquer forma esta ideologia de esquerda já é bem conhecida o povo português é que gosta de sofrer. por conseguinte continua a votar nesta ideologia.

  2. depois dizem que o estado tem os cofres cheios, com o dinheiro dos outros é facil Governar.Precisam de Milhões para a TAP aumenta-se impostos, precisa-se pagar aos Bancos Aumenta-se impostos, precisa-se dar dinheiro aos subsiodependentes aumentam-se os impostos. Etc

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