Empresa romena de telecomunicações deixa de comercializar Nowo e leva os clientes para os seus serviços. E está “consciente da necessidade de trabalhar e de melhorar o call center.”
A operadora romena Digi está a deixar gradualmente de usar a marca Nowo, com a qual tinha inicialmente entrado no país.
A empresa revela ao Negócios que todos os novos clientes registados no primeiro trimestre de 2025 aderiram já através da marca Digi. “A Nowo já não está a comercializar”, garante o porta-voz da Digi.
Entre janeiro e março deste ano, a Digi acrescentou 74 mil novos assinantes à sua base de clientes, elevando o total para 755 mil. Este número inclui os clientes herdados da Nowo, cuja aquisição começou em agosto do ano passado.
Apesar de ambas as marcas continuarem a existir formalmente, a Digi confirma que está a ser feita uma migração progressiva dos clientes da Nowo para os seus próprios serviços.
A operadora detalhou que os novos clientes estão já a beneficiar da infraestrutura da Digi e que deixou de comercializar produtos com a identidade da Nowo, embora ainda continue para já a prestar suporte técnico aos utilizadores existentes.
As queixas entre atuais e potenciais clientes têm-se prendido muito ao call-center. “Estamos conscientes da necessidade de trabalhar e de melhorar o nosso call center e o nosso apoio ao cliente e estamos a trabalhar nisso. Estamos a tentar fornecer o melhor serviço possível aos nossos clientes”, afirmou Serghei Bulgac, CEO da Digi Communications, que controla a Digi Portugal, citado pelo ECO.
Digi diz que alcança 98% dos portugueses
A Digi conta agora com 125 mil clientes com televisão paga, 137 mil com internet fixa, 389 mil no serviço móvel e 104 mil com telefone fixo.
Comparando com o final de 2024, registou-se um crescimento de 68 mil utilizadores móveis, 10 mil no segmento de internet e quatro mil na televisão. O telefone fixo, em contrapartida, perdeu três mil clientes.
A empresa apresentou receitas de 17,7 milhões de euros em Portugal durante o trimestre, com uma receita média mensal por utilizador de 7,7 euros — uma das mais elevadas entre os mercados onde a Digi opera. No entanto, as despesas operacionais ascenderam a 26,4 milhões de euros. O serviço móvel continua a ser o principal motor de receitas: cresceu mais de 21%.
Apesar de não definir uma data para atingir o ponto de equilíbrio financeiro, a Digi afirma que precisa de duplicar o número de clientes fixos e móveis.
A operadora destaca ainda que já alcança 98% da população portuguesa e mantém negociações com empresas como a Cellnex e a Vantage Towers para melhorar a cobertura, com o objetivo de atingir os 100% a médio prazo.
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